NO CAMPO GRANDE

Mulher mata o companheiro com uma facada no peito

Assassinato aconteceu diante dos filhos do casal, uma menina de 12 anos e um bebê de 5 meses

Alenita Ramirez/ [email protected]
17/01/2024 às 09:06.
Atualizado em 17/01/2024 às 09:06
Dalila Bezerra, irmã da vítima, (à esquerda) foi até a 2ª DDM para prestar depoimento sobre o crime (Rodrigo Zanotto)

Dalila Bezerra, irmã da vítima, (à esquerda) foi até a 2ª DDM para prestar depoimento sobre o crime (Rodrigo Zanotto)

O motorista de transporte por aplicativo, Tarcísio Bezerra Ferreira, de 35 anos, foi assassinado com uma facada no peito por sua companheira, Dhebora de Almeida Barca Ferreira, de 33 anos, na presença dos filhos do casal, uma menina de 12 anos e um bebê de cinco meses, no Jardim Novo Maracanã, em Campinas. O crime ocorreu na residência da família e chocou pela brutalidade, gerando consternação entre familiares e vizinhos.

A família da vítima relata que o relacionamento entre o casal era tumultuado devido à recusa do motorista em aceitar o uso de entorpecentes e álcool por parte da companheira. No domingo, Tarcísio teria ido buscar Dhebora em uma chácara em Hortolândia, onde ela estava sob o efeito de drogas e alcoolizada. A mulher alegou legítima defesa durante os depoimentos prestados à polícia e está respondendo ao crime em liberdade. 

A vítima, ao ser esfaqueada na manhã do fatídico dia, buscou ajuda de vizinhos, sendo posteriormente socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Ouro Verde. Tarcísio não resistiu aos ferimentos e faleceu cerca de seis horas após o ocorrido.

A notícia do trágico evento chegou às irmãs de Bezerra apenas no começo da noite, uma vez que a companheira, presente no hospital, não comunicou a família sobre a briga e a subsequente agressão. A versão apresentada por Dhebora à polícia alega que houve uma discussão entre o casal, na qual Tarcísio teria tentado asfixiá-la, levando-a a se defender usando uma faca, desferindo o golpe fatal no peito do companheiro.

A família do rapaz, abalada pela perda, clama por justiça, sustentando que o ato foi motivado por maldade, enquanto a comunidade aguarda as investigações para esclarecer os detalhes desse triste episódio. "Meu irmão era uma pessoa boa. Amava ela e queria que ela deixasse os vícios. Ela era uma pessoa capaz de tudo. Já fez tantas coisas erradas e ele sempre a perdoava. Ele estava encantado com o bebê, que acreditamos que não é dele", lamentou Dalila Bezerra, manicure e irmã da vítima.

Segundo Dalila, no domingo, Dhebora participou de um almoço com as primas de Bezerra em uma chácara em Hortolândia, levando as crianças consigo. No entanto, ela teria consumido drogas e álcool, resultando em uma situação em que os parentes precisaram chamar um motorista de aplicativo para buscar a família, já que ela teria deixado o bebê desassistido. "Ela não pode ser tratada como vítima só porque é mulher. Vou lutar para provar que meu irmão não é autor de uma violência doméstica. Essa mulher tem que pagar pelo que fez. Ela não cuida das crianças e sempre praticou coisas erradas", enfatizou a manicure. 

O caso foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas como violência doméstica e agressão. A família de Bezerra pretende representar e solicitar uma investigação aprofundada. "A Justiça, por vezes falha, mas lutaremos até o fim para reverter essa situação. Temos provas do caráter dessa mulher", assegurou Dalila.

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