CRIME NO PARQUE D. PEDRO SHOPPING

MP denuncia 9 por participação em assaltos a duas joalherias

Dez bandidos foram identificados, sendo que um deles morreu na ação, que ocorreu em julho

Alenita Ramirez/ [email protected]
29/09/2022 às 11:05.
Atualizado em 29/09/2022 às 12:05
O roubo às joalherias aconteceu no dia 25 de junho, no começo da noite de um sábado, e provocaram correria e desespero entre os frequentadores (Gustavo Tilio)

O roubo às joalherias aconteceu no dia 25 de junho, no começo da noite de um sábado, e provocaram correria e desespero entre os frequentadores (Gustavo Tilio)

O Ministério Público (MP) denunciou nove pessoas à Justiça por participação no roubo a duas joalherias que ficam no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, no final do mês de junho deste ano. Duas delas foram indiciadas no mês passado, depois da finalização do inquérito da Polícia Civil. No total, dez bandidos foram identificados – um deles morreu na ação. 

O MP também pediu a decretação da prisão preventiva dos seis suspeitos identificados pela Polícia Civil. De acordo com a instituição, o grupo é processado por organização criminosa e tentativa de latrocínio. Um deles recebeu ainda mais um agravante, o de sequestro, por ter rendido uma moradora de Paulínia, levando-a como refém até a cidade dela. O inquérito tramita em segredo de Justiça. 

O grupo identificado é também investigado por outras delegacias, visto que eles podem ter ligação com outros ataques registrados em outras cidades do Estado. 

O roubo às joalherias aconteceu no dia 25 de junho, começo da noite de um sábado. Os criminosos entraram no shopping no horário da janta e causaram terror. Três dos bandidos, um é mulher, foram presos em flagrante e um outro homem morreu durante a fuga, após confronto com seguranças do shopping. 

A investigação do roubo se deu por policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ligada à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Campinas. Os policiais identificaram a participação de mais seis bandidos, mas, inicialmente, foi solicitada a prisão temporária de 30 dias para quatro deles. 

Com a finalização do inquérito, os policiais indiciaram outros dois homens, que já haviam sido identificados. “Na investigação, os dois novos indiciados não foram reconhecidos no momento do crime, mas foram apresentadas provas técnicas que os colocam na cena do crime”, comentou o chefe de investigação da DIG, Marcelo Hayashi.

Com a inclusão dos dois novos suspeitos, cinco são considerados foragidos. Todos os investigados são moradores no bairro Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo. 

No início de agosto, os agentes deflagraram uma ação para prender os quatro suspeitos, até então indiciados, mas apenas um deles foi preso. Três não foram localizados e seguem foragidos. 

O homem detido pela DIG, em agosto, tem 20 anos e teria agido com o pai, de 45 anos, que segue foragido. O jovem tinha a função de dar cobertura aos comparsas. No dia do roubo no Parque D. Pedro Shopping, ele estava no saguão. 

De acordo com declarações do delegado da DIG, na época da prisão, José Glauco Ferreira, durante as investigações foi apurado que os integrantes tinham divisão de tarefas. O pai do preso foi um dos que renderam funcionários e roubaram uma das lojas. O grupo, inclusive, contava com integrantes mulheres – uma delas foi presa em flagrante e era casada com o homem que morreu.

Os policiais apuraram que o grupo agia há pelo menos dois anos e, para arquitetar a ação, os criminosos visitavam os shoppings antes do roubo, filmando os locais. A especialidade deles eram joalherias. A denúncia do MP à Justiça foi feita com base na conclusão do inquérito da Polícia Civil. 

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