Suspeito responderá por homicídio e omissão de socorro
(Divulgação Polícia Civil)
A Polícia Civil de Campinas indiciou na tarde de anteontem um eletricista de 50 anos por homicídio culposo na direção de veículo, omissão de socorro e fuga do local do acidente. O suspeito, identificado pelas iniciais D.A.S.F., atropelou e matou um auxiliar de produção de 29 anos na Rodovia José Bonifácio Coutinho Nogueira, que liga Sousas a Morungaba.
O acidente ocorreu na sexta-feira passada, entre 18h50 e 19h03, na altura do Jardim Sorirama. A vítima, Edilson Palmeiras de Souza, voltava para casa a pé após comprar leite para os pais em um sítio próximo. Ele caminhava no acostamento da via, acompanhado de uma criança de 7 anos e da patroa de seus pais, quando foi atingido pelo veículo.
Segundo testemunhas, o motorista trafegava em alta velocidade no sentido contrário ao da vítima. Após o atropelamento, ele parou o carro, desceu e recolheu as peças que haviam se soltado com o impacto. "A patroa ainda falou do atropelamento e o motorista disse que ia buscar ajuda", relatou Fábio Aparecido Patete, cunhado da vítima.
O jovem sofreu politraumatismo e faleceu pouco tempo depois de dar entrada no Hospital de Clínicas da Unicamp. O suspeito foi identificado por policiais do 12º Distrito Policial após a instauração de inquérito na segunda-feira. As autoridades chegaram ao proprietário de um GM Corsa Millenium prata através de depoimentos de testemunhas e vestígios encontrados no local do acidente.
Um dos investigadores afirmou que "as testemunhas disseram que o autor estava em altíssima velocidade e que a mulher sinalizou para ele parar o veículo, mas ele não parou, atropelando o homem de 29 anos". O suspeito, que reside na mesma região da vítima, admitiu ter passado por cima de "algo" vestido de branco, mas negou estar em alta velocidade. Ele não explicou por que fugiu do local e guardou as peças do carro.
O veículo foi apreendido para perícia. "Ele acabou com a vida de uma pessoa muito querida pela família, sem contar que também acabou com nossas vidas. Tudo que queremos é que ele pague pelo que fez e que a justiça seja feita para que possamos colocar nossa cabeça no travesseiro e dormir em paz", desabafou o cunhado da vítima.