Policiais apreenderam as peças de roupas, acessórios e semi-jóias com base em ordem judicial (Divulgação Policia Civil)
Uma mulher de 41 anos, formada em Direito e Jornalismo, moradora em um condomínio de luxo em Campinas, é suspeita de aplicar golpes em lojas de roupas, calçados e bolsas de grife na cidade. Ela é investigada pela prática de crime de apropriação indébita, previsto no artigo 168 do Código Penal. A Polícia Civil apreendeu ontem na residência dela roupas avaliadas em R$ 150 mil, e mais R$ 50 mil em semijóias e outros acessórios femininos.
"Ela pegava as peças em consignação, para prová-las em casa, com a promessa de devolver. Porém, conforme os comerciantes que nos procuraram, passado o prazo o retorno das roupas e acessórios não acontecia. E a mulher também não respondia os pedidos. Por isso, começaram a ser registrados boletins de ocorrência o que possibilitou a investigação", disse o delegado Luis Fernando Dias de Oliveira, da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas.
A suspeita reside no Residencial Barão do Café, um condomínio fechado, com casas de alto padrão,localizado no distrito de Barão Geraldo. Equipes da Policia Civil entraram no local no começo da manhã para cumprir mandado de busca e apreensão decretado pela Justiça. "A investigada estava no imóvel, porém não recebeu voz de prisão, porque não estava em situação de flagrante. Ela também não quis prestar depoimento", contou o delegado.
Os policiais apreenderam as peças de roupas, acessórios e semi-jóias com base em ordem judicial.
"Encontramos roupas ainda com etiqueta das lojas", informou. Foram registrados cinco boletins de ocorrência por parte de comerciantes.
De acordo com a Polícia, a mulher exerceu cargo de assessora parlamentar no Mato Grosso. Ela residia há mais de dois anos em Campinas. As lojas que a denunciaram tinham essa mulher como uma cliente assídua. "Ele já havia feito compras nesses locais. Então, ganhou a confiança, passou a pegar roupas e não devolveu mais", explicou policial.
A Polícia Civil apreendeu o celular da mulher e vai pedir a quebra de sigilo bancário. O objetivo é saber se ele pretendia passar esses produtos para receptadores. "Ou se era para uso próprio", explicou o delegado. De qualquer forma a suspeita foi convocada oficialmente para prestar depoimento na DIG.
Os golpes começaram a ser aplicados, conforme a Polícia, há mais de um mês.
"Até o presente momento, foram identificadas cinco lojas em que autora teria agido, sendo que as diligências prosseguem para localizar outras potenciais vítimas", disse Fernandes.
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