EFEITO DOMINÓ

Mais dois suspeitos do roubo à H.Stern são identificados

Eles teriam agido como ‘seguranças’ da quadrilha que assaltou a joalheria no Shopping Galleria

Alenita Ramirez/ [email protected]
09/11/2022 às 09:38.
Atualizado em 09/11/2022 às 09:38
Policiais em imóvel para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão: investigação prossegue (Captura de imagens)

Policiais em imóvel para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão: investigação prossegue (Captura de imagens)

Mais dois suspeitos de participação no assalto à joalheria H.Stern, no Shopping Galleria, no dia 8 do mês passado, foram identificados pela Polícia Civil de Campinas. M.O.S., de 25 anos, e A.A.B., de 27 anos, são apontados como os ‘seguranças’ da quadrilha e foram descobertos por meio de investigações e imagens do circuito de segurança do centro de compras. 

Com a identificação destes, a polícia acredita que foram cinco bandidos envolvidos no roubo. Uma mulher será investigada por suposta receptação de joias. 

Com os novos acusados, a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) deflagrou na manhã de terça-feira (8) a “Operação Ágata” - deusa dos minerais – visando a fechar a investigação que identificou três criminosos da quadrilha - dois deles participaram diretamente da ação de roubo e o outro atuou como motorista na fuga. Nessa fase, os alvos são os dois ‘seguranças’, que não foram localizados e são considerados foragidos. 

A identificação dos criminosos pelos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) ocorreu após a prisão de Ademir Fogaça, de 48 anos, no dia 21 do mês passado, e também devido às imagens de câmaras de vigilância, nas quais foi possível constatar que dois homens circulavam no shopping, no momento do roubo, com as mãos na cintura, em gestos que denotavam suposta arma. 

Os suspeitos foram vistos em vários momentos e saíram do shopping em outro carro. “Com a prisão dele (Fogaça) esmiuçamos, fizemos um trabalho de pesquisa nesse indivíduo com um pouco mais de cautela. Verificamos seus hábitos e companheiros de crime, visto que ele ficou 20 anos preso e tem preferência por joalheria. A prisão dele foi muito importante para o trabalho de hoje (terça). Demos continuidade e o inquérito policial avançou bastante com as pesquisas. Mediante investigação conseguimos identificar mais dois, que estão com prisão temporária decretada. As provas são robustas”, comentou o delegado titular da DIG, Glauco Ferreira.

Foram cumpridos seis mandados de buscas e dois de prisão, todos na região de Americanópolis. Ao menos oito equipes da DIG e do Grupo de Operações Especiais (GOE) participaram da operação. Entre os mandados, um contra uma residência e outro a um estabelecimento comercial de compra e venda de ouro, nos jardins São Manoel e Dionísio, respectivamente, porém, nada de ilícito foi encontrado. Segundo o delegado, a mulher é suspeita de ser uma compradora de joias e vai ser ouvida no inquérito.“É uma questão de tempo para prendê-los (os foragidos). Acredito que o trabalho realizado até agora espantou os parceiros. A distância atrapalha de certa forma. Se fosse em Campinas, estaríamos no ‘quintal de casa’. No entanto, é uma questão de tempo, o importante é a resposta da DIG a esses eventos criminosos. Afinal, a cidade sofreu uma repercussão negativa com dois eventos criminosos em shoppings. Porém, a Polícia Civil, por meio de um trabalho bacana, com policiais dedicados e incomodados com essa questão, deram resposta. É imprescindível o trabalho da investigação, que é cirúrgico", disse Ferreira, frisando que a tarefa de apuração tem o efeito dominó: quando cai uma peça, as outras vão na sequência, resultando em todas as peças no chão. 

Fogaça

Ademir Fogaça é apontado como um dos líderes do grupo que agiu contra a joalheria, no dia 8 de outubro. Ele estava foragido desde setembro deste ano, quando deixou o presídio para gozar do benefício da saidinha temporária. Fogaça tem uma extensa ficha criminal de roubos a joalherias, inclusive já tendo sido condenado por pelo menos cinco assaltos em São Paulo. 

A ação na H.Stern chamou a atenção da polícia por conta da discrição. Dois suspeitos renderam funcionárias da loja e foram até o cofre para recolher parte das joias. As colaboradoras contaram à polícia que um deles aparentava estar armado.

As peças levadas por eles e o valor estimado do prejuízo não foram divulgados, mas a polícia suspeita que colares, pulseiras e brincos constem na lista. 

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