NO JARDIM ITATINGA

Mais de mil garrafas de cerveja falsificadas são apreendidas em Campinas

Suspeito, detido no local, afirmou que as bebidas são comercializadas pelo mesmo preço das originais

Alenita Ramirez/ [email protected]
19/08/2022 às 09:19.
Atualizado em 19/08/2022 às 09:19
Mil garrafas de cerveja falsificada apreendidas no Jardim Itatinga (Divulgação)

Mil garrafas de cerveja falsificada apreendidas no Jardim Itatinga (Divulgação)

Cerca de mil garrafas de cervejas falsificadas foram apreendidas no final da tarde de quarta-feira (18), no Jardim Itatinga, em Campinas, pelos policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic). A apreensão foi no mesmo barracão onde a Polícia Militar prendeu, em outubro do ano passado, oito pessoas e recolheu na época, 9,6 mil garrafas com bebida falsa. 

A ação de anteontem foi deflagrada por agentes da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), após representação de uma empresa vítima. As informações davam conta de que, naquele endereço, eram comercializadas bebidas falsificadas. 

Um homem, que se apresentou como funcionário, foi detido e levado para a delegacia especializada, onde prestou depoimentos e acabou liberado. Este suspeito foi preso na ação da PM, no ano passado e liberado na audiência de custódia na ocasião. Ele foi detido quando saia do barracão e confessou que as bebidas são de baixo valor e que os rótulos e tampas são trocados pelos de marcas famosas.

Ele também afirmou em depoimento que as bebidas falsificadas são comercializadas pelo mesmo preço das originais, com o valor de R$ 120 o engradado com 24 garrafas de cervejas. E, ainda, que os compradores não são informados sobre a falsificação e que a bebida era vendida em bares e boates do bairro. “(A ação da DIG) Vai além de repreender a conduta criminosa de falsificação. Serve também para alertar os consumidores a terem mais atenção à procedência do produto que adquirem, tendo em vista o mal causado para eles próprios e sociedade”, disse o delegado da DIG, Fernando Sanches.

No barracão, os policiais civis encontraram 40 engradados de garrafas de cervejas cheias, de ao menos cinco marcas famosas, que estavam armazenadas e prontas para a comercialização.

De acordo com os agentes, a falsificação era visível nos rótulos. Inclusive, o próprio detido confirmou o cambalacho. “Entendemos como muito importantes essas ações, visto que não se trata apenas de falsificação de marcas. Também há as questões de falta de higiene e manuseio irregular do produto. Consideramos crime grave contra a saúde, porque as pessoas são enganadas e adquirem a bebida como se fosse original, pagam o preço da original e correm risco da saúde, sem saber”, comentou o chefe de investigações, Marcelo Hayashi.

O material recolhido passará por análise da empresa que realizou a denúncia e da Polícia Científica. Caso seja constatada a falsificação, os responsáveis serão autuados por crime contra a relação de consumo.

O comércio pertence ao irmão do suspeito, que não estava no local. O homem foi liberado após prestar depoimentos, uma vez que não foi pego em flagrante. 

Operação

Em maio deste ano, a DIG fez uma operação contra a falsificação de bebidas em Campinas e Sumaré. Três pessoas foram detidas na época. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em estabelecimentos de Campinas e um de Sumaré, entre gráficas e oficinas de pintura. 

De acordo com as investigações, os criminosos atuavam de forma separada. Em um local eram pintadas as tampas, enquanto, em outro, impressos os rótulos. Um terceiro local armazenava os produtos falsificados. 

Na época, foram apreendidos caminhões com rótulos, garrafas e tampas das bebidas falsificadas.

Barracão

O barracão em que a DIG realizou a operação também foi alvo de uma ação da PM em 2021. Os policiais encontraram rótulos e tampas de bebidas mais baratas que eram trocadas pelas de marcas famosas. Oito homens foram flagrados em atividade e presos no local.

Foram apreendidos, na época, 400 caixas de cerveja, que totalizaram 9,6 mil garrafas. O galpão onde a cerveja era falsificada faz divisa com um posto de saúde e um terreno baldio, por onde a corporação acessou o local, surpreendendo os criminosos.

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