O caminhão era conduzido por um motorista de nacionalidade paraguaia, que foi preso
Os policiais descobriram a droga com base em informações coletadas em investigações anteriores referentes a consórcios de traficantes (Divulgação Dise Campinas)
Policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Campinas apreenderam 1,5 tonelada de maconha escondida em uma carga de arroz a granel. A ação aconteceu na tarde de anteontem, na Rodovia Raposo Tavares, em Itaí, a 292 km de Campinas, na região de Botucatu. O caminhão era conduzido por um motorista de nacionalidade paraguaia, de 42 anos, que foi preso em flagrante, inicialmente, por tráfico interestadual. Os agentes apuraram que a droga seria levada para a região de Campinas. "Antes que essa droga chegasse à Campinas, fomos ao encontro dos criminosos para evitar que fosse pulverizada rapidamente", explicou o delegado titular da Dise, Glauco Ferreira.
Essa foi a segundo grande confisco de drogas da unidade especializada nesta semana - dia 19 de maio, houve a apreensão de 241 kg de cocaína em Mogi Mirim. Os policiais descobriram a droga com base em informações coletadas em investigações anteriores referentes a consórcios de traficantes para trazer entorpecentes do Paraguai para a região.
Os agentes obtiveram dados de que uma grande carga de maconha estava sendo transportada de Foz do Iguaçu (PR) para a região de Campinas em dois caminhões. As informações eram de que os veículos tinham placas do Paraguai e vinham em direção ao estado de São Paulo.
Através de trabalho de inteligência, os agentes descobriram o trajeto dos caminhões e seguiram para a região de Ourinhos. Segundo as investigações, uma empresa em Cuidad Del Leste, no Paraguai, teria contratado os caminhões para transportarem 60 toneladas de arroz para Jacareí. Cada caminhão foi abastecido com 30 toneladas.
Os policiais acreditam que os entorpecentes foram escondidos em um dos caminhões em Foz do Iguaçu (PR). A maconha estava em tijolos e parte do entorpecente foi escondido em meio à carga e outra sobre o arroz. A carreta estava coberta por um plástico e uma lona bem presa, para que nada fosse visto. "Ao ser abordado o motorista, no primeiro momento, negou que tivesse carregando qualquer substância ilícita, porém ao ser indagado caiu várias vezes em contradição e acabou por afirmar que sabia que tinha algo escondido no meio da carga, porém alegou que não sabia o que era", contou o delegado divisionário José Carlos Fernandes, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic).
A apreensão aconteceu uma das "rotas do tráfico", que parte de cidades que fazem fronteira com os outros países e cujas rodovias se interligam e cruzam a região de Campinas. Os dois caminhões foram parados pelos policiais e por ser rodovia de pista simples, os veículos foram conduzidos para a sede da Dise/Deic, em Campinas, onde foi feito a revista nos dois caminhões. O condutor do outro caminhão foi liberado, já que nada foi constatado na carga que ele transportava.
O motorista detido disse que era a primeira vez que ele fazia este tipo de transporte de ilícito e teria aceitado o transporte porque estava precisando de dinheiro. De acordo com os delegados, as investigações seguem para apurar o envolvimento da empresa responsável pela carga e identificar a cadeia de envolvidos neste tráfico de drogas. "O motorista ficou à disposição da justiça e, se condenado, pode pegar até 15 anos de cadeia", enfatizou Fernandes.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram