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A família de Ana Beatriz Bispo, de 16 anos, cujo corpo foi encontrado em um terreno baldio no Jardim Itatinga, Campinas, na última segunda-feira, 13, enfrenta dificuldades para custear o velório da jovem. Em uma situação financeira modesta, a mãe, Diana Bispo, não conseguiu incluir a adolescente no plano funerário e iniciou uma campanha no Facebook para arrecadar fundos para o caixão e a coroa do funeral da filha. Diana expressa o desejo de proporcionar um sepultamento digno para Ana Beatriz, mesmo que seja a opção mais econômica, buscando aliviar um pouco a sua dor diante da cruel forma como a filha foi morta.
O corpo da adolescente ainda aguarda liberação no necrotério do Instituto Médico Legal (IML), no Cemitério dos Amarais, à espera dos resultados do exame de DNA para confirmar a identidade de Ana Beatriz. Devido ao estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado, Diana realizou o reconhecimento inicial com base em características como roupas, cabelo e esmalte nas unhas. Contudo, esse reconhecimento não atende totalmente às exigências legais para casos de cadáveres nessas condições.
"Vimos que um caixão com uma coroa fica em torno de R$ 4 mil. Quero um enterro digno para ela. Meu coração vai ficar mais tranquilo", desabafou Diana.
Para contribuir com a campanha, doações de qualquer valor podem ser feitas através de transferência para a conta poupança, utilizando o Pix no e-mail [email protected], em nome de Diana Bispo dos Santos. O Facebook dela é Diana Ferraz.
MORTE
Além da angustiante espera pela confirmação da identidade do corpo, Diana também se vê atormentada pela falta de esclarecimentos sobre o crime que tirou a vida de sua filha, Ana Beatriz. A jovem desapareceu no dia 4 deste mês, depois de visitar uma tabacaria no Jardim Itatinga na companhia de amigos. Antes desse episódio, ela esteve no Shopping Parque das Bandeiras com um casal de amigos, permanecendo no local até o fechamento.
Na tabacaria, testemunhas relatam que uma garota de 16 anos teria proporcionado excesso de bebida alcoólica à vítima, resultando em seu mal-estar. O crime teria ocorrido na madrugada do dia 5. Contudo, a família tem sido bombardeada por informações conflitantes sobre aquela fatídica noite. Uma versão sugere que a adolescente estava na companhia de três rapazes, os quais a agrediram violentamente com pauladas após sua recusa em manter relações sexuais. Outra narrativa aponta para a possível participação de um homem no crime. "Dizem que existem imagens dela com um homem, mas nós não conseguimos obtê-las, uma vez que apenas a justiça pode autorizar. Estamos em constante contato com a polícia, mas, até agora, não obtivemos respostas", lamenta Diana.
A investigação está a cargo do 6º Distrito Policial, com o apoio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).