UM PRESO E DOIS APREENDIDOS

‘Laboratório’ de lança-perfume é identificado no distrito do Ouro Verde

Polícia Militar encontrou 400 litros da substância na região do DIC 5; flagrante ocorreu enquanto adolescentes levavam o produto para Paulínia

Alenita Ramirez/alenita.ramirez@rac.com.br
13/05/2025 às 15:46.
Atualizado em 13/05/2025 às 15:46

Agentes localizaram dois barris de 200 litros cheios e mais de 40 litros de insumos usados na fabricação do lança-perfume; havia também outros tipos de droga no local, como maconha e crack (Divulgação)

A Polícia Militar (PM) encontrou um “laboratório” de lança-perfume, no bairro DIC 5, no distrito do Ouro Verde, em Campinas. Na fábrica clandestina, os agentes localizaram dois barris de 200 litros cheios e mais de 40 litros de insumos usados na fabricação da droga. Além disso, foram encontrados diversos barris de 200 litros e de 20 litros vazios e 155 porções de outras drogas. Um homem maior de idade foi preso e dois adolescentes apreendidos.

A localização da fábrica clandestina aconteceu na noite de sábado, durante patrulhamento de rotina de policiais da Força Tática do 47º Batalhão de Policiamento Militar do Interior (BPM/I). O local produzia entorpecentes comercializados até para cidades vizinhas. De acordo com um PM que trabalha há 23 anos na corporação, essa foi a primeira vez que policiais desmantelaram uma fábrica de lança-perfume naquela região.

A ocorrência deu início na Rua Carmem De Ângelis Nicoleti quando um veículo, no contrafluxo, passou por uma equipe da Força Tática. Os policiais estranharam a atitude dos dois passageiros que estavam no banco traseiro, pois ficaram olhando para a equipe. Os agentes fizeram a conversão na via e deram sinais de parada para o motorista do carro, que obedeceu e parou na via. “Achamos que era um roubo, já que o local onde estávamos geralmente é usado por criminosos como rota de fuga”, disse o sargento da PM, Luciano Alves Francisco.

O carro era usado para transporte por aplicativo, e os passageiros foram identificados como dois adolescentes de 16 anos, moradores dos bairros Morro Alto e Jardim Planalto, em Paulínia. Ao realizar busca pessoal, os agentes encontraram porções de crack dentro da pochete usada por um dos menores. Com o outro, foi identificado um frasco de lançaperfume e duas embalagens de maconha. No assoalho do carro, no banco de passageiro dianteiro, foi encontrado um galão de 20 litros de lança-perfume.

Segundo o sargento da PM, os adolescentes confessaram que tinham pegado o galão em uma casa em Campinas e levariam a droga para uma pessoa em Paulínia. Inclusive, teria sido esse comprador contratou os menores para pegar o entorpecente e acionou o carro por aplicativo. Pelo trabalho, os dois menores receberiam o valor de R$ 1,8 mil. O motorista de aplicativo negou que sabia do tráfico. “Apesar de negar envolvimento, os adolescentes relataram que o motorista já tinha transportado outras pessoas para o mesmo traficante”, contou o policial.

O motorista de aplicativo levou a equipe policial até o imóvel onde os adolescentes pegaram o galão com a substância. Os agentes avistaram um veículo que estava estacionado em frente à casa. Ao ver os policiais, um homem, de 25 anos, entrou no carro e saiu em alta velocidade.

O suspeito foi localizado pouco tempo depois por outra equipe da PM, na casa dele, a cerca de 400 metros do laboratório. Levado aos agentes responsáveis pela ocorrência, ele confessou que fazia a guarda do material.

Segundo o sargento, o imóvel era insalubre e havia apenas uma cama na casa. As demais dependências era ocupada pelas bombonas vazias e por outras prontas para venda. Entre as porções de drogas havia 94 de dry, 25 de outro tipo de maconha e 36 de crack. “Não foi informado quanto tempo a fábrica funcionava, mas o cheiro no local era insuportável”, comentou o tenente.

A polícia acredita que há mais pessoas envolvida na fabricação do entorpecente. O caso será investigado pela Polícia Civil. O homem que estava no imóvel tem passagem por porte e posse ilegal de armas, já os menores possuem antecedente por ato infracional de roubo. Os dois são amigos. O motorista por aplicativo, que é de Campinas, prestou depoimentos e foi liberado como testemunha.

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