EM CAMPINAS

Jovem é preso por apologia ao nazismo e racismo

Rapaz de 20 anos também responderá pela acusação de exploração sexual infantojuvenil

Alenita Ramirez/[email protected]
19/06/2025 às 15:37.
Atualizado em 19/06/2025 às 15:37
O acusado guardava vários objetos com referências ao nazismo, neonazismo, separatismo e outros conteúdos semelhantes (Kamá Ribeiro)

O acusado guardava vários objetos com referências ao nazismo, neonazismo, separatismo e outros conteúdos semelhantes (Kamá Ribeiro)

Um jovem de 20 anos foi preso na manhã de ontem em Campinas por suspeita de apologia ao nazismo e exploração sexual infantojuvenil. O suspeito é alvo de uma ação da Polícia Civil mineira que investiga um grupo criminoso que tem como objetivo disseminar conteúdo racista, nazista, neonazista e antissemita na internet. Ele é o segundo jovem com a mesma idade a ser preso em Campinas por este tipo de crime em menos de um ano. 

O rapaz, que é autônomo, foi detido na casa dele, no Jardim Santana, região do Taquaral, por policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), de Campinas, que cumpriam mandado de prisão preventiva, busca e apreensão expedido pela justiça mineira à Polícia Civil de Belo Horizonte. 

Durante a detenção, os agentes constataram nos aparelhos eletrônicos dele que existiam materiais relacionados a abuso sexual infantojuvenil e ele acabou preso em flagrante pelo crime de compartilhamento de imagens. 

De acordo com o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira, que comanda o GOE, o jovem guardava vários objetos com referências ao nazismo, neonazismo, separatismo e outros conteúdos. A prática criminosa dissemina o ódio e preconceito contra judeus e minorias. O líder desta organização criminosa, de 21 anos, foi preso em Minas Gerais, em maio passado. Durante a investigação, realizada pela equipe do delegado Arthur Benício, foi constatada uma célula desta organização em Campinas, inclusive, na época foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa da mãe do líder, em Valinhos. 

Segundo Oliveira, durante a prisão desse líder foi identificado que ele teria ordenado a outros membros de outras células para que tomassem cuidado com investigações policiais, inclusive destruíssem o material que eles possuíssem. "Eventualmente um desses indivíduos seria o alvo aqui de Campinas. O GOE deu cumprimento ao mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva, sem prejuízo da constatação da situação de flagrante, porque ele tinha um vasto material nos seus eletrônicos e também de maneira física, camiseta e imagens", contou o delegado. 

No celular do rapaz de 21 anos, chefe da organização, os policiais constataram que havia conversa com outros integrantes do grupo, entre eles o alvo de Campinas. A pena pelos crimes pode chega a nove anos de prisão. 

FRENTISTA 

Em agosto do ano passado, a Polícia Civil de Campinas prendeu em flagrante, na região central da cidade, um frentista de 20 anos por armazenamento de conteúdo nazista, inclusive com possível massacre contra grupos de pessoas vulneráveis, como crianças, adolescentes, mulheres e animais. O suspeito foi detido por policiais da DIG no local de trabalho e confessou a participação em grupos neonazistas, mas alegou que fazia "investigações". Apesar da confissão, o rapaz foi liberado na audiência de custódia com algumas restrições.

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