MAIS SEGURANÇA

Jaguariúna lança ações para prevenir ataques nas escolas

Prefeitura aumentará o efetivo de patrulhamento da GM e equipará unidades com botão do pânico

Alenita Ramirez/ [email protected]
12/04/2023 às 09:07.
Atualizado em 12/04/2023 às 09:07
O prefeito Gustavo Reis (ao centro) se reuniu com secretários e representantes das forças de segurança (Samuel Oliveira)

O prefeito Gustavo Reis (ao centro) se reuniu com secretários e representantes das forças de segurança (Samuel Oliveira)

Mais uma cidade na Região Metropolitana de Campinas (RMC) adotará medidas de segurança nas escolas como forma de prevenir crimes "terroristas" e tranquilizar a comunidade das unidades. Na segunda-feira (10), o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis (PMDB), se reuniu com secretários e representantes das forças de segurança na cidade e anunciou cinco ações que começam a entrar em prática até final deste mês. Entre as medidas constam o aumento do efetivo da Guarda Municipal (GM) para intensificar patrulhamento nas escolas, a contratação de policiais militares, com a legalização do "bico" e a criação do "botão do pânico" nas escolas direcionados apenas para diretores. Campinas e Valinhos já iniciaram trabalhos de prevenção.

Também, na segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou uma série de medidas para combate à violência nas escolas. Entre elas, o lançamento de um edital que prevê a destinação de R$ 150 milhões para os estados e municípios aplicar recursos em segurança nas escolas. Outra frente busca fazer com que plataformas digitais regulem e neutralizem conteúdos que incitem violência no ambiente escolar. As medidas são consequências da avalanche de boatarias e ameaças que se instalou após recentes ataques a unidades de ensino em São Paulo e Santa Catarina. Na terça-feira (11), houve correria e pânico em uma escola municipal de Campinas, após um pai encontrar dois homens e uma mulher com punhais na cintura, perto do portão de entrada da unidade. Em Paulínia, uma menina levou uma faca para a escola como forma de defesa.

Ações

No caso de Jaguariúna, o prefeito anunciou o aumento do efetivo em 25 novos guardas municipais, com a convocação até o mês que vem para a academia de formação. Outra medida é a legalização da atividade "bico" para policiais militares da cidade, com interesse em trabalhar nas horas de folga na segurança local. Neste caso, a contratação depende de projeto de lei que deve ser votado pelo Legislativo. O documento está em fase final.

Também será ampliado o serviço do "botão do pânico" que já existe na cidade por meio do aplicativo CCC Jaguariúna. A empresa que implantou o programa local criará uma aba dentro do aplicativo que será acessado somente pelos diretores de escolas. Além disso, serão realizadas visitas técnicas nas escolas e treinamento dos professores e demais profissionais da educação para identificar comportamentos estranhos. Ainda no mesmo dia, o prefeito determinou reunião com todos os diretores das escolas da cidade para discutir a situação e tranquilizar a comunidade escolar.

As medidas foram discutidas entre o prefeito Gustavo Reis e os secretários municipais de Educação, Cristina Catão, de Segurança Pública, Edgard Mello do Prado Filho, e de Negócios Jurídicos, Fabiano Urbano, além dos comandos da Polícia Militar e da Guarda Municipal e de representantes da Polícia Civil.

Ações semelhantes foram tomadas na semana passada pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), e pela prefeita de Valinhos, capitã Lucimara Godoy (PSB). Em Campinas, será criada uma central de monitoramento para acompanhar em tempo real tudo o que acontece nas 208 escolas municipais de Campinas. Em Valinhos, a prefeita determinou o patrulhamento da GM nas entradas e saídas das escolas.

Verba Federal

Pelo anúncio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, com a verba que será liberada pelo governo federal, os municípios ou estados poderão pleitear equipamento de raio-x, por exemplo. Cada município e estado terão que apresentar um projeto de segurança de acordo com a necessidade local. De acordo com o ministro, a verba permite, entre outros, a compra de viatura e até a instalação de um observatório de violência e capacitação de vigilantes e porteiros de escolas.

Outro ponto nas ações da pasta diz respeito à responsabilidade das plataformas digitais em evitar disseminação de conteúdos que façam apologia à violência nas escolas ou incitação a crimes.

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