Hortolândia projeta redução de 50% nos crimes violentos até 2025

A Prefeitura de Hortolândia promete fechar o cerco contra a criminalidade no município e baixar as estatísticas de crimes violentos, como roubos, homicídios, estupros e furtos, em, pelo menos, 50% até o ano que vem. Para coibir a ação de criminosos na cidade, a Administração deu início neste ano ao lançamento de um pacote de segurança que conta com a instalação de 15 totens inteligentes em pontos estratégicos espalhados em diversos bairros, a compra de 11 novas viaturas e a contratação de 40 guardas municipais que entram para a academia de formação a partir do próximo dia 6. Os itens complementarão o que já existe na cidade."Está em estudo um projeto para acoplar tecnologia moderna nas viaturas. Hoje em dia, o que ajuda a combater o crime é a tecnologia. Estamos investindo nela", comentou o secretário municipal de Segurança Pública, Joldemar Nunes Corrêa, o Dr. Jold.

Hortolândia está entre os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e paulistas que fazem parte da “Muralha Digital”. O sistema integra a vigilância por meio de câmeras inteligentes. Elas capturam placas de veículos cadastrados com alerta de algum tipo de crime. No sistema também é possível verificar se o condutor ou proprietário tem passagem criminal. 

No ano passado, graças ao sistema de monitoramento integrado, dezenas de veículos irregulares e com queixa criminal foram apreendidos. Houve também a prisão de vários criminosos na RMC e na macrorregião de Campinas.

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que Hortolândia, em 2023, registrou 24 casos de homicídios com 26 vítimas, quatro casos a mais que em 2022, quando houve um total de 23 vítimas. Os furtos de veículos e roubos em geral também registraram aumento, com 520 e 940 no ano passado, contra 348 e 911 no ano anterior. O latrocínio triplicou, passando de um em 2022 para três casos em 2023. O aumento também foi sentido no caso de estupros de pessoas adultas, saltando de nove para 15.

REGIONALIZAÇÃO

De acordo com Jold, o que se constatou nas prisões de assaltantes realizadas na cidade é que a maioria dos criminosos é de cidades vizinhas como Campinas e Paulínia. Das duas quadrilhas desarticuladas no mês passado pela Polícia Civil, em ação conjunta com as corporações das cidades vizinhas, cada uma era de uma dessas duas cidades. As duas quadrilhas estão envolvidas com roubos e usavam motocicletas para abordar as vítimas.

No começo deste ano, um entregador de 62 anos morreu depois de ser baleado na cabeça durante uma tentativa de roubo no Residencial São Luís. Ele caminhava na direção de um estacionamento particular para pegar o veículo para trabalhar quando foi abordado por um bandido em uma motocicleta que, posteriormente, foi localizada na região do distrito Campo Grande, em Campinas, pela Guarda Municipal (GM) campineira. 

"Temos muitas entradas e saídas na cidade e isso facilita a vinda e a fuga de criminosos da região. O uso de câmeras inteligentes e a parceria com os municípios estão sendo importantes para combater a criminalidade", enfatizou o secretário.

De acordo com Jold, as regiões do Jardim Sumarezinho, Nova América e Novo Ângulo têm sido alvos dos criminosos que agem com motocicleta. Ele explicou que o pacote de segurança público implantado faz parte de uma frente de modernização da GM local. 

"O equipamento de inteligência (totem) é como se fosse uma viatura parada. Ele é munido de câmeras, sendo que uma delas pega 360 graus e tem um alcance de 2 km. Além disso, em quatro delas há o botão do pânico, ou seja, se um cidadão perceber que está em perigo, ele vai até o totem do botão do pânico, que tem reconhecimento facial, e aciona. A central funciona 24 horas, sete dias por semana."

Os totens com botão do pânico estão instalados perto da Lagoa da Fé, região do Alvorada, na Praça do Pastel, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, e na Praça Poderosa, na região do Jardim Rosolém.

"O que mais nos preocupa hoje é o furto, principalmente de veículos e moto. Nós temos combatido (os crimes) e o nosso projeto é de, no mais tardar para o ano que vem, reduzir mais de 50% do que ocorre hoje", projetou Jold.