Agindo sozinho, ele invadia os prédios e levava mangueiras e válvulas de hidrantes, além de torneiras
Material que foi apreendido com o suspeito e proprietário de um ferro-velho, que teria receptado o produto de crime; (à dir. ) fachada da escola (Rodrigo Zanotto e Gustavo Tilio)
Um morador em situação de rua, de cerca de 45 anos, é suspeito de estar envolvido em furtos em ao menos quatro escolas estaduais na região do distrito de Aparecidinha, em Campinas. Segundo a polícia, o homem age sozinho nos finais de semana e se utiliza de duas facas pequenas para arrombar os prédios e cortar mangueiras de hidrantes e válvulas de hidrantes e torneiras.
A última ação dele foi neste final de semana, na Escola Estadual José Roberto Magalhães Teixeira, quando parte do prédio ficou inundado e foi preciso suspender as aulas na segunda-feira (12). Ele foi detido na manhã de segunda, após uma equipe da ronda escolar da Polícia Militar ter sido acionada. Os crimes serão investigados pela Polícia Civil.
Além do homem, o proprietário de um ferro-velho na mesma região foi detido também, por suspeita de receptação.
De acordo com o soldado Francielton Moraes dos Santos, o furto no segundo piso da escola José Roberto Magalhães Teixeira, na Vila Renascença, foi descoberto na manhã de segunda-feira (12), quando os funcionários chegaram na unidade.
Para entrar no local, o acusado estourou o cadeado do portão com uma faca. Em seguida, arrombou a porta de acesso ao interior da escola e subiu no segundo piso, onde furtou as torneiras e as válvulas. “Como as janelas são de vidro e grandes, para não ser visto da rua ele se arrastou até o local onde ficavam as torneiras e as válvulas”, contou o PM Moraes.
O crime teria ocorrido na madrugada de sábado. A ação do suspeito foi registrada pelo sistema de monitoramento da escola. Com a retirada das torneiras e das válvulas, a água da caixa vazou e inundou o pátio. Até uma mangueira do hidrante foi levada. “A diretora da escola nos chamou e registrou um boletim de ocorrência. Com base nas imagens, passamos a patrulhar a região em busca do suspeito. Ele estava em uma rua próxima, com uma das válvulas e contou que as demais tinham sido vendidas em um ferro-velho.
O homem levou os PMs até o local e o dono do ferro-velho confirmou que havia comprado as peças”, relatou o soldado. Para praticar o crime, o morador em situação de rua ficou na escola por cerca de uma hora.
Esta é a segunda vez em menos de uma semana que a escola é alvo de furto. Além dela, outras três unidades também foram alvos de furto. Quatro das oito turmas da escola tiveram as aulas suspensas. A Polícia Científica esteve no local e realizou uma perícia. Foram levadas cinco torneiras e dois hidrantes. A escola atende alunos do ensino fundamental 1.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) lamentou que a unidade escolar tenha sido vítima de furto, mas frisou que os alunos seguem com as aulas pelo Centro de Mídias de SP, sem prejuízos à aprendizagem. O restante dos estudantes segue com aulas presenciais. “A unidade está realizando investimentos em itens de segurança primária para reforçar a proteção do patrimônio público. O caso está sendo inserido no Placon, sistema do Programa Conviva que tem como objetivo monitorar a rotina das escolas da rede estadual”, frisou em nota.
Os furtos em escolas estão sendo investigados por policiais civis do 8º Distrito Policial (DP).