SUSPEITA DE FEMINICÍDIO

Homem pede Justiça após a morte da filha

Letícia Moreira Barbosa morreu em motel de Indaiatuba

Alenita Ramirez/[email protected]
06/05/2025 às 15:00.
Atualizado em 06/05/2025 às 15:00
Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, morreu enquanto estava em um motel de Indaiatuba, no dia 5 do mês passado (Arquivo pessoal)

Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, morreu enquanto estava em um motel de Indaiatuba, no dia 5 do mês passado (Arquivo pessoal)

"Vou até o fim da minha vida para provar que minha filha foi assassinada, para que o assassino seja preso e não faça outra vítima", disse o operador de máquinas José Carlos Barbosa, pai de Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, que morreu enquanto estava em um motel de Indaiatuba, no dia 5 do mês passado. O principal suspeito é o namorado da jovem, o vigilante Igor Brito Rocha da Silva, que alegou que a jovem passou mal após relação sexual e sofrer um sangramento vaginal.

"Minha filha era maravilhosa. Era estudiosa e muito amável", descreveu o pai enquanto buscava uma explicação para a morte prematura da jovem, que nasceu com cardiopatia congênita e tinha se curado, segundo o operador de máquinas, após seguir instruções da equipe médica para fazer academia.

O caso é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) como feminícidio. Silva é o principal suspeito da morte da jovem. Atualmente, a Polícia Civil aguarda os laudos de toxicologia e da perícia do celular dele.

Letícia era concursada como auxiliar de desenvolvimento infantil na Prefeitura de Indaiatuba há três anos. Ela era formada em duas faculdades: de administração de empresas e TI (Tecnologia de Informática). Silva seria seu primeiro namorado e o casal ainda estava se conhecendo. Eles teriam saído duas vezes antes da noite da morte. No dia da tragédia, o casal teria assistido a um show e depois seguiu para o motel. Segundo relatos de Silva, o casal ingeriu bebida com energético no show. 

O suspeito disse que foi se lavar e quando retornou percebeu que a jovem não estava nada bem e pediu ajuda para a recepção. "Na verdade ele ligou para uma colega dele, que é advogada, e pediu orientação e só depois ligou para a recepção. Eu imagino que ele deve ter dado uma bebida forte para ela, pois minha filha sabia que não podia com bebida alcoólica. Ela toma remédios controlados desde pequena por causa do problema no coração", disse o pai. 

Enquanto aguarda os laudos, o operador de máquinas busca informações para provar que a filha foi assassinada. O laudo necroscópico aponta que a hipótese inicial da causa da morte era choque hemorrágico, causado pela ruptura do saco de Douglas - o que não se concretizou. No entanto o laudo do hospital e do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a vítima tinha marcas roxas pelo corpo, incluindo no pescoço, e que apesar de haver lesões na região íntima, não foram tão graves a ponto de causar a morte. Já no pescoço, o exame mostrou uma fratura no osso hioide, "juntamente com outros sinais de asfixia, que é causado por trauma direto da região, como em uma esganadura".

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