Homem é executado em frente à escola da filha em Paulínia

Um corretor de imóveis de 36 anos foi baleado com ao menos cinco tiros. Os disparos atingiram o tórax e a face da vítima, em frente a uma escola particular, que fica em um bolsão, na cidade de Paulínia. Os criminosos fugiram. O homem foi socorrido pelo resgate do Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal de Paulínia, mas não resistiu aos ferimentos. O crime, com indícios de execução, aconteceu próximo a saída dos estudantes. A ação foi registrada por câmeras de segurança de imóveis nas proximidades, entregues à Polícia Civil, que já começou a investigar o caso. 

O crime ocorreu por volta das 11h40 desta segunda-feira (20), em frente à portaria do Condomínio Itapoan. Ricardo Aparecido de Carvalho havia ido pegar a filha na escola e estacionou o carro, um HB20, a cerca de 30 metros do portão da escola, do lado de fora do bolsão. 

Pelas imagens gravadas, é possível acompanhar Carvalho chegando ao local, estacionando o veículo, onde fica por alguns minutos. Dois veículos estavam estacionados na frente do carro da vítima.

Durante o período em que o corretor ficou no interior do automóvel, um dos carros estacionados saiu e outro ocupou a vaga. No momento que o corretor abriu a porta do seu carro, um Honda Civic chega e para depois dos dois carros estacionados. Um homem com blusa de capuz desce atirando contra a vítima, que tenta correr para o interior do bolsão, mas o assassino se aproxima e continua atirando. 

Uma van escolar havia acabado de parar atrás do HB20 do corretor e o monitor correu ao ver os disparos. "Era saída de escola e havia um pequeno movimento. Houve correria", relatou o inspetor de Área Operacional da Guarda Municipal (GM) de Paulínia, Herycon França de Oliveira. A corporação foi a primeira a chegar no local e, logo recebeu o apoio da Polícia Militar (PM).

Após disparar, o atirador voltou para o carro e saiu em direção ao centro da cidade. Segundo Oliveira, o crime tem características de execução, mas a Polícia Civil ainda vai apurar a motivação do crime. "A mulher da vítima nos contou que há umas duas semanas ela se envolveu em uma discussão no condomínio onde mora, mas que foi apenas ela e a pessoa. O marido não estava. Também garantiu que o marido era tranquilo, tinha muitos clientes e nunca contou nada sobre eventuais desentendimentos", afirmou o inspetor.

O corretor de imóveis tem passagens criminais, uma por porte ilegal de arma e outra por ameaça, que foram registradas entre 2005 e 2006. O veículo tinha placas do Estado de São Paulo. 
Um pai de aluno, que chegou instantes depois do crime, disse que se atrasou e ao chegar no colégio, tinha acabado de acontecer o tiroteio que culminou na morte do corretor de imóveis. 

Uma das atividades realizadas no colégio na manhã desta segunda-feira foi uma gincana e a direção havia entrado em contato com os pais para avisar que estavam liberando os estudantes mais cedo, caso quisessem pegar os filhos. A Polícia Técnico-Científica esteve no local, junto com investigadores da Polícia Civil. Foram coletados no local do crime dez projéteis. 
Em nota, o Colégio Adventista de Paulínia informou que: "A escola se solidariza e está à disposição da família, oferecendo o aparato e o apoio necessário" e acrescentou que "(...) No momento da fatalidade, os estudantes e funcionários estavam em segurança. A Diretoria do Colégio reitera que está colaborando com as investigações e já reforçou a segurança no entorno".