PF encontrou uma montanha de dinheiro na casa do jovem hacker (Divulgação/PF)
A Polícia Federal (PF) prendeu na quarta-feira (17), em Goiânia (GO), um rapaz de 19 anos apontado como hacker do esquema que fraudou cerca de R$ 50 milhões do Auxílio Emergencial. A prisão foi feita por agentes da corporação daquele estado, mas tem relação com a Operação Apateones, deflagrada pela PF de Campinas, em março em 12 estados e no Distrito Federal. Ele teve a prisão preventiva decretada após análise do material apreendido na primeira fase das investigações.
Segundo a PF, pouco antes de ser preso, o investigado quebrou o celular "com o claro intuito de esconder elementos de prova". "O investigado já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão na operação, quando foi constatado que ao notar a presença dos policiais jogou seu computador e celular pela janela do apartamento onde residia", lembrou em nota a corporação.
1ª FASE
Em 7 de março deste ano, a PF de Campinas deflagrou a Operação Apateones, que terminou com quatro pessoas presas, entre as quais o alvo considerado o "cérebro" do grupo e apreendido diversos bens. Na época, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em uma casa de Valinhos. Foram apreendidos cartões bancários, máquinas para efetuar pagamentos e outros objetos.
A investigação teve início em agosto de 2020, com base em informação enviada pela Caixa Econômica Federal, em Brasília, com dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados e somavam R$ 54,6 mil desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica com endereço em Indaiatuba. Com as apurações, os agentes federais constaram a existência de mais de dez mil outras fraudes.
O Auxílio Emergencial foi lançado em abril de 2020 para ajudar os trabalhadores prejudicados pela pandemia da covid-19. O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estava situada nos estados de Goiás e Rondônia. Outra etapa da investigação descobriu que os beneficiários suspeitos receberam valores que pertenciam a 359 contas do Auxílio Emergencial. Os pagamentos eram feitos por pagamento de boletos e transferências bancárias.