Segundo a PF, a marca CR7 indica que a cocaína é de boa “qualidade” (Divulgação)
Um homem de 23 anos foi preso no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, ao tentar embarcar com 11 kg de cocaína em suas bagagens. O passageiro tinha como destino Lisboa, em Portugal. Na embalagem havia a inscrição "CR7", em referência ao craque português Cristiano Ronaldo. O flagrante aconteceu na noite de segunda-feira (15), durante a inspeção de bagagem realizada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal. Segundo a PF, esse é o maior volume de cocaína apreendido desde 2012, com passageiros.
A cocaína estava dentro das malas que seriam despachadas. Ao todo foram apreendidos 11 tijolos, todos com a inscrição CR7 e a silhueta do craque português fazendo uma clássica comemoração de gols. Segundo o delegado titular da PF, Edson Geraldo de Souza, o logo é usado pelos traficantes para identificar o fornecedor e demonstrar que se trata de uma droga de "qualidade" e quem a receber saber de onde veio. O passageiro vai responder pelo crime de tráfico internacional de drogas, e se condenado pode pegar até 15 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Federal, treze pessoas, sendo oito mulheres e cinco homens, foram presas entre 6 de março e esta segunda-feira no Aeroporto de Viracopos embarcando ou desembarcando com entorpecentes. Neste período foram apreendidos 107 kg de drogas, entre eles, 30 kg de cocaína.
A maior apreensão de drogas com passageiros foi de skunk, com um total de 16 quilos. "A Polícia Federal e Receita Federal intensificaram suas ações de fiscalização no Aeroporto com o objetivo de reprimir, entre outros crimes, os ilícitos ligados a tráfico de drogas", ressaltou a PF, que no mês passou aumentou o número de agentes na fiscalização do aeroporto, 24 horas durante os sete dias da semana.
Recentemente a corporação identificou um sistema de tráfico internacional de drogas usando mulas. Foi constatado que boa parte dos traficantes presos eram mulheres transexuais, aliciadas no norte e nordeste do país, de origem humilde e que exercem a função de cabeleireiras. Em grande parte dos flagrantes, essas mulas são obrigadas a engolir o entorpecente.
