COISA SINISTRA!

Experiência de açougueira facilitou esquartejamento

Mulher contou como dividiu o corpo do ex em sete partes

Alenita Ramirez [email protected]
17/08/2024 às 13:22.
Atualizado em 17/08/2024 às 14:32
Paloma indicou aos policiais os locais onde descartou os membros e a cabeça: dois bueiros no bairro, onde foram localizados, e uma caçamba de descarte de material de construção, onde teria deixado o tronco, que ainda não foi encontrado. (Divulgação)

Paloma indicou aos policiais os locais onde descartou os membros e a cabeça: dois bueiros no bairro, onde foram localizados, e uma caçamba de descarte de material de construção, onde teria deixado o tronco, que ainda não foi encontrado. (Divulgação)

Após confessar ter assassinado, esquartejado e descartado as partes do corpo de seu ex-companheiro, o jardineiro Éder Ericles de Oliveira, de 39 anos, em Leme, Paloma Pamela Santino da Silva, de 28 anos, revelou um dado sinistro sobre si mesma: sua experiência como açougueira teria facilitado o esquartejamento, realizado de forma precisa e em locais específicos de cortes. Depois de dividir o corpo em sete partes e colocar os pedaços em sacos plásticos, ela tentou queimá-los no quintal.

Sem sucesso, decidiu descartá-los em bueiros e em uma caçamba de material de construção, conforme informou o delegado João Pinheiro Neto, responsável pelo inquérito.

Paloma está presa temporariamente e, segundo o delegado, demonstrou extrema frieza ao descrever o crime. Ela afirmou ter agido sozinha e que seus filhos, inclusive, presenciaram parte do ato. A suspeita é mãe de três crianças - de 11, 9 e 3 anos - e as duas mais velhas teriam testemunhado parte do crime. Éder, por sua vez, era pai de quatro filhos de um relacionamento anterior, que moram com a avó paterna.

Paloma alegou que o crime foi motivado por uma crise de ciúmes do ex-companheiro. Eles não tinham filhos juntos e viveram em Indaiatuba por três anos, perto da família dele. Após uma discussão, ela voltou para a casa da mãe, em Leme. No dia 27, Éder viajou até a cidade para tentar uma reconciliação. Eles foram a um bar, onde houve um desentendimento.

"Ele não gostou que um indivíduo ofereceu bebida e cigarro para Paloma e ela aceitou. Em seguida, os três foram para a casa dela. Supostamente, todos se conheciam. Imagens de câmeras de segurança mostram esse homem saindo da casa dela. Éder ainda aparece com vida, pegando uma cadeira na garagem. Quando o homem vai embora, ocorre uma briga entre o casal em um dos quartos da casa", relatou o delegado.

Segundo Pinheiro Neto, os filhos de Paloma estavam na residência e perceberam a briga, mas foram colocados em outro quarto. Paloma disse à polícia que Éder teria avançado sobre ela com uma faca, mas acabou encostado na parede e a faca atingiu fatalmente seu abdômen. Os filhos ouviram os gritos de socorro. Em seguida, ela levou o corpo para fora e decidiu esquartejálo. "Devido à quantidade de sangue, ela tentou pôr fogo, mas não funcionou como planejou. Então, cortou o cadáver em sete partes. Essa ação durou algumas horas e, ainda na madrugada, ela colocou as partes em sacolas e as descartou", relatou o delegado.

Jaqueline Braga, irmã de Éder, afirmou em entrevista que a família busca justiça. "Independente de como era a relação deles, nada justifica o crime. Para mim, ela é um monstro. Ela ligou para nós inventando que ele estava desaparecido e que precisava de ajuda. Minha mãe ainda fez um PIX para ela. Queremos que ela 'mofe' na cadeia e que meu irmão tenha um enterro digno", desabafou Jaqueline.

As investigações continuam para confirmar se realmente não houve a participação de uma terceira pessoa. O tronco do corpo, que havia sido jogado em uma caçamba, foi localizado anteontem à tarde em uma área de descarte de entulhos por cães farejadores. O corpo de Éder será enterrado no Cemitério dos Indaias, mas a data e horário ainda não foram definidos até o início da tarde de ontem.

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