NO JARDIM SANTA GENEBRA

Esquema de produção de ‘skunk’ é desmantelado em Campinas

Um suspeito foi preso e 33 pés da erva e diversas caixas com sementes importadas, apreendidas

Alenita Ramirez/ alenita.ramirez@rac.com.br
27/01/2023 às 09:25.
Atualizado em 27/01/2023 às 09:25

Desempregado foi preso em flagrante com 33 pés de supermaconha, dois galhos secos e diversas caixas com sementes importadas da droga (Divulgação)

Um esquema de cultivo e produção da supermaconha ou skunk foi desmantelado na tarde de quinta-feira (26) por policiais da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), ligada à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Campinas. Um desempregado de 25 anos foi preso em flagrante e ao menos 33 pés da erva, dois galhos secos e diversas caixas com sementes importadas foram apreendidas.

A ação foi com base em autorização judicial, expedida pela 5ª Vara Criminal de Campinas. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma residência, que é do avô do suspeito, no Jardim Santa Genebra. Quatro pessoas estavam no imóvel no momento da chegada dos policiais, inclusive, a namorada do suspeito, uma adolescente de 17 anos. Duas delas eram usuárias, uma estava comprando e a outra consumindo. Elas foram ouvidas e liberadas.

Os policiais descobriram o local com base em investigações direcionadas ao tráfico de drogas na cidade. Informações apontaram que no imóvel era realizado o cultivo, de forma artificial, da maconha usada na produção de skunk. 

Os pés de maconha foram encontrados em uma estufa, dotada de proteção especial, nos fundos do imóvel. Segundo o investigador resposável pelo caso, Marcelo Hayashi, o homem, identificado pelas iniciais G.H.S.M., que era responsável pela plantação e produção da droga, informou que cultivava o entorpecente para uso pessoal e “doação” a amigos, já que ele a consome desde a adolescência e estava cansado de comprá-la “sem qualidade”.

“Ele contou que a estufa conta com uma luminosidade especial e que a lâmpada usada no local é importada e reproduz a luz do sol, inclusive, ele tem aparelhos específicos que medem o PH da água e da terra”, contou Hayashi.

Em um dos cômodos, os policiais localizaram dois galhos secos que seriam usados no consumo. Também na casa estavam diversas caixas de sementes de maconha – cada uma delas com 12 sementes compradas da Califórnia, nos Estados Unidos, dotadas, geneticamente, de alto teor de THC. O desempregado revelou que paga R$ 600 por cada caixa. 

Os pés estavam em vasos plantados em terra especial para o cultivo. “Ele mencionou que ele mesmo mede a quantidade de água usada nas plantas, assim como o PH da água e da terra”, contou Hayashi.

Apesar de negar o comércio da droga, os policiais constataram que o suspeito comercializa a erva em um grupo fechado e em pontos de vendas de entorpecentes, conhecidos por “biqueiras” ou “lojinhas”.

O que é skunk?

Skunk ou supermaconha é produzido a partir de uma espécie de cannabis híbrida, ou seja, cruzamento de espécies diferentes de plantas do mesmo gênero, como cannabis sativa, cannabis indica e canabis ruderalis, cultivada de forma diferenciada, com o objetivo de obter uma concentração maior de THC (tetrahidrocannabinol), substância com poder narcótico presente nas plantas desse gênero. De acordo com a literatura disponível, o skunk foi desenvolvido em laboratórios holandeses, mas a disseminação das sementes pelo mundo preocupa as autoridades policiais. O cultivo da droga é ilegal. 

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