‘OPERAÇÃO CRYPTO WASH’

Escritório em shopping no Centro de Campinas é alvo de mandados

Meta era recolher equipamentos usados em golpes

Do Correio Popular
18/08/2022 às 10:08.
Atualizado em 18/08/2022 às 10:08
Em Campinas, foram cumpridos dois mandados, um em um escritório do Shopping Jaraguá Conceição e outro em uma residência (Divulgação)

Em Campinas, foram cumpridos dois mandados, um em um escritório do Shopping Jaraguá Conceição e outro em uma residência (Divulgação)

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagrou na manhã de ontem a “Operação Crypto Wash”, que investiga esquema de invasão e desvio de dinheiro por meios eletrônicos de empresas. A ação aconteceu na capital, na Grande São Paulo e Campinas. Em um dos casos, segundo o Deic, os criminosos causaram um prejuízo de R$ 1,5 milhão.

A operação foi coordenada por policiais da 1ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras Praticadas por Meios Eletrônicos (DCCiber). Em Campinas, foram cumpridos dois mandados, um em um escritório do Shopping Jaraguá Conceição e outro em uma residência. Nada foi localizado no local pela equipe de 12 agentes. 

De acordo com o Deic, a operação envolveu 70 policiais -, com o apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) - que cumpriram 33 mandados de busca e apreensão. Em Campinas, os agentes tinham como objetivo recolher equipamentos utilizados para estruturar os golpes. 

Segundo a DCCiber, as apurações revelaram que os valores foram pulverizados para 17 beneficiários. Inclusive em empresas cujo registro de propriedade está em nome de “laranjas”.

Na semana passada, a Polícia Federal fez a 4ª fase da “Operação Kryptos”, que investiga fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro e de Cabo Frio (RJ).

A operação, que recebeu o nome de “Flyer One”, tinha como foco a atuação do grupo nos Estados Unidos (EUA). O esquema passou a funcionar também fora do Brasil, captando recursos de pessoas em países como os Estados Unidos e Portugal.

Nos EUA, o esquema foi comandado por um homem que fugiu do Brasil com um passaporte falso, devido a uma condenação prévia por tráfico internacional de drogas. Pelo esquema, os criminosos usam documentos falsos para justificar depósitos em contas bancárias no país. A investigação constatou o depósito de criptoativos lastreados em dólar americano (stable coins) na conta do homem apontado como líder da organização.

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