ação policial

Em Hortolândia, foi morto um dos líderes de bando que atacou empresa de valores

Segundo os policiais que integraram a Operação Guarapuava, o suspeito reagiu para não ser preso

Alenita Ramirez/ [email protected]
21/09/2022 às 09:18.
Atualizado em 21/09/2022 às 09:18
Policiais em frente à casa do suspeito, que foi morto durante uma troca de tiros, no Jardim Novo Ângulo (Cezar Henrique)

Policiais em frente à casa do suspeito, que foi morto durante uma troca de tiros, no Jardim Novo Ângulo (Cezar Henrique)

Uma operação das polícias Civil, Militar e Científica do Paraná, em Hortolândia, contra uma quadrilha que tentou assaltar uma empresa de valores em Guarapuava (PR), culminou na troca de tiros e morte de um homem de 62 anos, apontado como um dos líderes e responsável pela logística do ataque, que ocorreu em abril deste ano. Segundo os policiais, ele reagiu à prisão.

A ação policial também aconteceu no Jd. Novo Campos Elíseos, em Campinas, mas o alvo não foi localizado, e em Itatiba, cidades estas que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC), que é “berço” de grande parte dos criminosos envolvidos no “novo cangaço”, os quais praticam a modalidade criminosa em diversas cidades do Brasil. A operação, denominada Guarapuava, contou com apoio da Rota e Polícia Civil de São Paulo.

Na casa de Antônio Gomes Silva, no Jardim Novo Ângulo, em Hortolândia, os agentes apreenderam R$ 5,2 mil em espécie, oito relógios, celulares, uma pistola .380, duas placas automotivas do Mercosul, que estavam enterradas no quintal do imóvel, entre outros documentos, incluindo dois bilhetes de embarque.

A operação teve início antes das 6h e os policiais cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em dois endereços no mesmo bairro. Um dos imóveis seria da namorada do suspeito.

De acordo com o major do Rondas Ostensivas de Natureza Específica (Rone), de Curitiba, João Roberto Galego Alves, o acusado foi quem arquitetou o ataque e até mesmo logística do crime, como veículos envolvidos, armamentos, entre outros. Silva, conhecido no meio da bandidagem como “Véio” ou “Toninho” tem passagem criminal por vários crimes, em especial roubos a bancos. Ele era procurado da Justiça.

Foram cumpridas 74 ordens judiciais expedidas pela 2ª Vara Criminal de Guarapuava para serem cumpridas em dez cidades do Paraná (Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Maringá, Mandirituba, Ortigueira, Pinhais, Tibagi e Piraquara); sete no Estado de São Paulo (Campinas, Hortolândia, Piracicaba, Embu-Guaçu, São Bernardo do Campo, Itatiba e Itapecerica da Serra) e um em Santa Catarina (Barra Velha).

Conforme as investigações, os alvos também são suspeitos de roubos registrados em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, além de Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo e em Itajubá, em Minas Gerais.

As investigações iniciaram logo após o crime e apontaram que os criminosos compravam itens de luxo, viagens, bancavam procedimentos estéticos e ostentavam riqueza nas redes sociais com o dinheiro levantado nos crimes.

A quadrilha se organizava para realizar o chamado "domínio do município", fechando os acessos das cidades e agindo com violência e armamento pesado durante a prática dos assaltos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os investigados possuem passagens por outros crimes como roubo a banco e de cargas, tráfico de armas e drogas e extorsão mediante sequestro. A ação mobilizou cerca de 500 policiais do Paraná, além de agentes das polícias civil e militar do estado de São Paulo.

Durante ataque, 6 veículos foram incendiados 

O ataque à empresa de valores aconteceu entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 de abril deste ano, no município de Guarapuava. Na época, os criminosos fecharam os acessos da cidade e fizeram moradores reféns, utilizando-os como escudos humanos. Porém, não obtiveram sucesso no crime, porque não conseguiram chegar até o cofre da transportadora de valores.

Durante a ação, os bandidos colocaram fogo em seis veículos, sendo que dois deles foram queimados em frente ao 16 º Batalhão da PM, para dificultar a ação policial. Os criminosos estavam equipados com veículos blindados SUV e armamento pesado, como fuzis. Antes da fuga, os criminosos se confrontaram com os PMs e dois policiais foram baleados, sendo que o Sargento Ricieri Chagas morreu em combate. Um morador passou mal e foi hospitalizado.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por