SEM ORIENTAÇÃO ADEQUADA

Em Campinas, empresário perde veículo por falta de conhecimento

Ciclomotor foi apreendido em operação da PM esta semana

Do Correio Popular
06/08/2022 às 10:41.
Atualizado em 06/08/2022 às 10:41
O ciclomotor foi recolhido porque não tinha placa e nem cadastro junto ao Detran (Divulgação)

O ciclomotor foi recolhido porque não tinha placa e nem cadastro junto ao Detran (Divulgação)

A falta de orientação e conhecimento levaram o empresário Rodrigo Gugliotti Camargo, de 32 anos, a, praticamente, perder um ciclomotor modelo 2021. Na última segunda-feira, ao levar o “patinetão” para ser revisado na loja onde o comprou, na Avenida José de Souza Campos, a Norte-Sul, Camargo teve o veículo apreendido pela Polícia Militar (PM), durante a “Operação Cinisca”, contra roubo e furto de veículos na cidade. O ciclomotor foi recolhido porque não tinha placa e nem cadastro junto ao Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran). 

“Eu precisava reduzir custos na minha empresa e busquei comprar algo que oferecesse alguma economia. Fui na loja e expliquei sobre minha situação. O vendedor sugeriu o ‘patinetão’. Disse que não precisava de nada, nem habilitação. E que eu poderia andar sem problemas. Tanto é que o comprei no dia 8 de agosto do ano passado e nunca fui parado por agentes ou polícia. Agora, fui surpreendido com esta apreensão. Um policial explicou para mim que, o patinetão, do jeito que está, não existe para o Detran”, desabafou o empresário. 

Camargo tem uma empresa de delivery e usa o veículo para entregas na região central de Campinas. Segundo ele, por dia, o ciclomotor circulava a uma média de 130 km/por hora. Sua capacidade de percurso, segundo o Detran, é de 50km/hora. “Eu percorro a 1,5 ou 1,8 km/hora. Já fui à Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), na loja onde comprei, liguei para a fabricante, tudo em busca de respostas e de ressarcimento, mas nada até agora. No pátio, onde ele está, disseram-me que se eu não entrar com uma liminar urgente, ele vai virar sucata. Ou seja, vai ser destruído. Não tenho condições de gastar quase R$ 10 mil para recuperar o patinetão. Ele é novinho...”, lamentou Camargo. 

O empresário chegou a ir no pátio para cobrir o veículo, evitando o relento, na esperança de consegui-lo de volta. Segundo ele, outros três ciclomotores estavam apreendidos no local, sendo que dois eram da mesma loja onde ele havia comprado. O outro, de um outro comércio, mas iria ser liberado, já que estava de acordo com as normas do Detran e apenas precisava de uma pequena regularização. “É um absurdo! O vendedor não falou nada. Agora, diz que não se responsabiliza pelo meu prejuízo. Meu conselho para quem tem é que não rode nas ruas com ele. Primeiro, regularize, busque informações junto aos órgãos”, aconselhou.

De acordo com a Polícia Militar, a “Operação Sufoco Cinisca” começou na segunda-feira e, até anteontem, foram apreendidos 81 carros e 90 motos, em desacordo com as leis de trânsito. 

Em nota, o Detran-SP informou que cumpre as resoluções nº 934 e 947 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre o uso de ciclomotores e cicloelétricos no país. E que o veículo precisa ser cadastrado na Base de Índice Nacional (BIN),onde estão inseridas as características e informações referentes aos veículos conforme o Renavam.

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