Nos 5 primeiros dias do mês, cidade soma quatro casos, dois em confrontos com a polícia
Uma mulher ainda não identificada foi executada por dois homens em uma moto, no Jardim Campos Elíseos (Alessandro Torres)
Campinas registrou anteontem três assassinatos em menos de 12 horas. Um dos casos foi a morte de um homem de 24 anos, suspeito de roubar um Jeep Renegade e que trocou tiros com a Polícia Militar (PM). Em outra ocorrência, uma mulher foi morta a tiros quando estava em um banco na calçada de uma via pública no Jardim Campos Elíseos. O terceiro crime envolveu um comerciante de 43 anos, com diversas passagens criminais. Dois dos três casos são investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a polícia ainda não tem uma linha de atuação, já que ainda não há informações conclusivas que levem à motivação dos crimes. Só nos cinco primeiros dias deste mês, a cidade já soma quatro homicídios, sendo dois em confrontos com a polícia.
O primeiro homicídio da última quinta-feira foi por volta das 9h, em frente a uma loja de materiais de construção, localizada na Rua Reverendo José Coelho Ferraz, no bairro Cidade Satélite Iris, no distrito do Campo Grande. O comerciante Jefferson de Oliveira Nunes, de 43 anos, foi morto a tiros ao desembarcar do carro, na frente de sua loja. Uma cunhada que é funcionária estava no estabelecimento no momento do crime.
Segundo o boletim de ocorrência, Nunes havia acabado de chegar ao estabelecimento em uma caminhonete Fiat Toro marrom quando foi surpreendido por um homem encapuzado, que desceu de um veículo sedan prata e já iniciou os disparos. O lojista morreu no local, antes da chegada do socorro.
A Polícia Técnico-Científica recolheu oito estojos de munição deflagrada e um projétil. De acordo com a Polícia Civil, o comerciante tem diversas passagens criminais e ainda não há uma linha de investigação para a execução. No mesmo dia, os policiais ouviram a mãe da vítima, que não soube dizer nada em relação ao crime.
ROUBO
Por volta das 21h30, um homem de 24 anos morreu ao trocar tiros com policiais militares que buscavam por uma Renegade roubada de uma estagiária de 18 anos que foi rendida por criminosos quando passava nas proximidades do campus da PUCC, no Parque dos Jacarandás, horas antes. A jovem estava com um amigo, de 21 anos, quando foi atacada pelos bandidos.
O veículo foi monitorado e localizado na Vila Lunardi. O suspeito ainda estava dentro do carro, estacionado na Rua João Cirino, quando a equipe policial avistou o carro e foi fazer a abordagem. O suspeito, identificado como Vinicius Eduardo da Gama Silva, teria atirado contra os agentes, mas um dos policiais revidou. Silva morreu no local. Ele estava com um revólver calibre 32 com quatro munições intactas e duas deflagradas. As armas dos policiais foram apreendidas.
NO BANCO
Aproximadamente uma hora depois, uma mulher ainda não identificada foi executada por dois homens em uma moto, no Jardim Campos Elíseos. Ela estava em um banco na calçada de uma casa, localizada na Rua Danilo Glauco Pereira Vilagelin.
A polícia apreendeu imagens de uma câmera de segurança de um imóvel localizado na via que mostram que a vítima foi executada por dois homens em uma moto. Os criminosos teriam passado por ela e depois retornado e efetuado diversos tiros. Foram apreendidos ao menos 15 estojos de munições. A mulher estava sem documentos, mas a vítima foi descrita como parda, de cabelos crespos, porte físico robusto e com uma tatuagem de pentagrama nas costas.
Os números de homicídios nos cinco primeiros dias de junho são pouco mais da metade do total registrado em maio, quando foram registrados sete casos, quatro deles por intervenção policial.
Nesta semana, o delegado da DHPP, Rui Pegolo, fez um apelo durante entrevista ao Correio Popular sobre o aumento de homicídios na cidade em abril deste ano, em comparação com igual período do ano passado. Segundo o delegado, as denúncias sempre ajudam a identificar autores de crime e que testemunhas podem ligar na delegacia (19) 3232-8822m no disque denúncia (181) da Polícia Civil ou no site https://www.webdenuncia.sp.gov.br/cidadao/denuncie. Além destes canais, a testemunha também pode ligar no telefone de emergência da Polícia Militar (PM) através do 190 ou da Guarda Municipal (GM), o 153, neste dois casos para quando o crime estiver ocorrendo.
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