EM CAMPINAS

Dise prende barbeiro e empresário por venda de anabolizantes

Hormônios sintéticos são proibidos pela Anvisa e eram aplicados em um salão no Jd. Santa Lúcia em Campinas, em ambiente precário

Alenita Ramirez/ [email protected]
07/03/2023 às 15:54.
Atualizado em 07/03/2023 às 15:55
A dupla foi levada para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial (DP) de Campinas (Divulgação)

A dupla foi levada para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial (DP) de Campinas (Divulgação)

Um empresário de 40 anos e um barbeiro de 22 anos foram presos em flagrante por manter, comercializar e aplicar anabolizantes de forma indiscriminada no local de trabalho, que apresentava ambiente precário e sem qualquer tipo de higiene. Além disso, a comercialização desses produtos é ilegal já que é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Diversos produtos foram apreendidos.  

A ação foi realizada por policiais da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), após denúncias, na tarde desta segunda-feira (6), em uma barbearia localizada na Avenida Carlos Lacerda, no Jardim Santa Lúcia, em Campinas. Segundo a Polícia Civil, a aplicação era “indiscriminada” e as condições de armazenamento eram precárias. No local, os investigadores encontraram seringas usadas pelo chão e frascos vazios, além da sujeira.

O barbeiro estava no estabelecimento e admitiu que realizava a guarda e aplicação dos anabolizantes, enquanto o empresário alegou que desconhecia a prática ilícita, mas não convenceu os agentes. “Os dois disseram que são fisioculturista e começaram a usar anabolizantes há, pelo menos, cinco anos. Na época, começaram aplicando em si mesmo, mas depois o pessoal começou a pedir aplicação e eles passaram a fazer o serviço”, contou o investigador responsável pelo caso, Marcelo Hayashi. “Cada vidro com anabolizante ele compra por R$ 100 e cobrava R$ 50 a mais para aplicar durante o ciclo”, acrescentou Hayashi.

O empresário e o barbeiro vão responder pelo crime de “falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais”, cuja pena, em caso de condenação, varia entre dez a 15 anos.

A dupla foi levada para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial (DP) de Campinas, onde devem aguardar pela audiência de custódia. Segundo Hayashi, as investigações seguem para apurar quem são os fornecedores. Os trabalhos são comandados pelo delegado José Glauco Ferreira.

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