DIG recolhe roupas, tênis e bonés ‘fakes’ no Campo Belo

Após reforçar a fiscalização contra a comercialização de produtos falsificados nos centros comerciais tradicionais de Campinas, as ações policiais se estendem agora aos estabelecimentos localizados na periferia da cidade. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), integrante da Divisão Especializada de Investigação Criminais (Deic), deflagrou uma operação na tarde de segunda-feira (11), resultando na apreensão de mercadorias falsificadas, como roupas, bonés e tênis, em uma loja de multimarcas no bairro Campo Belo II. O proprietário do estabelecimento foi detido por violação de direitos autorais, efetuou o pagamento de fiança e aguardará o desdobramento do processo em liberdade.

A ação policial foi desencadeada a partir de denúncias feitas por fabricantes, que apontaram a comercialização de réplicas de produtos de marcas reconhecidas e registradas pela loja em questão. Durante a operação, foram descobertos diversos itens identificados como falsificações, incluindo calças, camisetas, tênis e bonés. Esses produtos, adquiridos recentemente, foram apreendidos e serão submetidos a perícia técnica pelo Instituto de Criminalística (IC).

O delegado encarregado da investigação, Elton Costa, informou que o comerciante alegou ter adquirido as mercadorias em uma região de comércio popular em São Paulo, preparando-se para as vendas de Natal. Consciente da falsificação, o comerciante acreditava que poderia comercializá-las sem enfrentar problemas legais.

O proprietário da loja não possuía antecedentes criminais e o estabelecimento não foi fechado. Segundo Costa, essa ação integra o contínuo e rotineiro trabalho de uma equipe da DIG dedicada ao combate à pirataria e produtos falsificados, abrangendo diversas categorias, como bebidas, roupas, calçados e eletrônicos. O delegado ressaltou que a ocorrência nessa região carente do Campo Belo destaca a disseminação da venda de produtos falsificados em qualquer local, inclusive em bairros nobres, onde operações semelhantes já foram realizadas. O delegado alertou que os consumidores são as principais vítimas desse crime, pois adquirem produtos acreditando serem originais, e embora no caso de roupas não haja comprometimento da saúde, é necessário tomar precauções.

Em outra ocasião, em junho deste ano, os policiais civis da DIG conduziram diligências em duas lojas em Campinas para fiscalizar a venda de roupas falsificadas de marcas renomadas, resultando na apreensão de uma grande quantidade de peças falsas, incluindo roupas e sapatos. As lojas, localizadas no Bairro Castelo (região central) e no DIC 1 (região do distrito do Ouro Verde), tinham os proprietários, um homem e uma mulher, detidos, pagando fiança e aguardando em liberdade o desdobramento do processo. Na ocasião, representantes de grandes marcas auxiliaram os policiais na identificação das falsificações.

Na loja do Bairro Castelo, os agentes constataram que as falsificações eram tão habilmente produzidas que se assemelhavam a produtos originais, enquanto na loja do Bairro DIC 1, as falsificações eram mais grosseiras. Ambos os estabelecimentos, à época, continuaram operando, mas seriam lacrados caso retomassem a comercialização de produtos falsificados. A reportagem não conseguiu confirmar se essas lojas ainda estão em funcionamento. Costa ressaltou que, certamente, o comércio em São Paulo é o fornecedor dessas peças falsificadas para a região.

A operação, denominada "Ostentação" na época, resultou na apreensão de milhares de peças, incluindo roupas e calçados, em Campinas.