Armamento israelense permite ao atirador acertar o alvo sem colocar em risco a vida de inocentes
O diretor da Polícia Civil, Fernando Manoel Bardi, apresentou ontem o novo arsenal no combate ao crime (Rodrigo Zanotto)
O Departamento de Polícia Judiciária do Interior de São Paulo 2 (Deinter2), sediado em Campinas, recebeu na segunda-feira (21) uma entrega de 15 fuzis israelenses da marca IWI. Estas armas, reconhecidas por sua notável capacidade de disparo, mira precisa e eficácia, foram disponibilizadas ao Grupo de Operações Especiais (GOE), uma unidade vinculada à Divisão Especial de Investigações Criminais (Deic).
O diretor da Polícia Civil, Fernando Manoel Bardi, informou que as armas foram doadas pelo governo do estado aos diversos Deinter's e anunciou que há planos para a distribuição de armamentos de outros calibres em breve. "Desde o início de seu mandato, o governador Tarcísio de Freitas, juntamente com o secretário Derrite, empenhou-se na missão de fornecer um equipamento adequado e condições de trabalho eficazes para as diversas forças policiais, incluindo a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Técnico-Científica. Receber esse equipamento de ponta, que se destaca no mercado, é um sinal poderoso do compromisso com essa iniciativa", destacou Bardi.
Dentre os fuzis, quatro são do calibre .300 blackout, possuindo um cano de 9 polegadas de comprimento e quatro raias. Essas características, de acordo com o investigador chefe do GOE, João Paulo Jimenez, asseguram segurança tanto para o operador quanto para a comunidade em geral. Os restantes são do calibre 5.56. "O operador dessas armas tem controle total sobre a trajetória do projétil, ou seja, sua precisão é excepcional. Ao efetuar um disparo durante uma operação, o risco de atingir inadvertidamente pessoas próximas é minimizado, focando unicamente no alvo", explicou Jimenez. Esses equipamentos dispõem de miras holográficas, o que oferece uma significativa vantagem operacional, de acordo com Jimenez. Além disso, eles incluem magnificadores, funcionando como lunetas, acopladas ao topo para aprimorar ainda mais a mira holográfica.
"Considerando as leis da física, um disparo com essas armas poderia atingir distâncias superiores a um quilômetro, porém, com eficácia limitada. No entanto, com esse novo equipamento, o operador é capaz de atingir alvos com segurança e eficiência a distâncias entre 180 e 200 metros", esclareceu o investigador chefe.
As carabinas anteriormente utilizadas pelos policiais civis do GOE serão realocadas para outras unidades, conforme informado por Bardi. Estas novas aquisições representam um avanço substancial em termos de tecnologia e recursos disponíveis para o grupo.
O principal objetivo do GOE é o patrulhamento preventivo especializado da Polícia Civil, fornecendo apoio às diversas unidades de Polícia Judiciária. Isso inclui a execução de mandados e operações, sempre atuando com precisão técnica. O Deinter 2 abrange um total de 38 cidades, operando de maneira contínua.
"O GOE não apenas oferece suporte à Deic, à qual está subordinado administrativamente, mas também a todas as outras seccionais vinculadas à Deic, como as de Mogi Guaçu, Bragança Paulista, Jundiaí e as ruas de Campinas. Isso ilustra a amplitude e a substancial capacidade operacional do grupo, que estamos empenhados em expandir com sucesso sob a gestão do Dr. Bardi, tanto em termos de recursos humanos quanto de materiais", compartilhou o delegado titular do GOE, Luiz Fernando Dias de Oliveira.
"Os policiais do Goe estão preparados para utilizar esses equipamentos que certamente trará uma otimização dos trabalhos policiais. Não só ganha o policial, que vai ter condição de se defender, mas principalmente a população, no enfrentamento do crime organizado e nas ações de maior vulto", emendou o delegado divisionário José Carlos Fernandes.