SSP

Crimes de homicídio e estupro aumentam no mês de julho em Campinas

Foram 11 assassinatos, 83% a mais em relação ao mesmo período de 2021; quanto ao abuso sexual, alta de 50%

Alenita Ramirez/ [email protected]
27/08/2022 às 10:19.
Atualizado em 27/08/2022 às 10:19
O número é o maior dos últimos cinco anos (Divulgação)

O número é o maior dos últimos cinco anos (Divulgação)

Os crimes de homicídio e estupro apresentaram uma alta significante no mês de julho em comparação com igual período do ano passado, segundo estatística divulgada no último dia 24 pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). De acordo com os dados, Campinas registrou 11 homicídios em julho de 2022, um aumento de 83,34% em relação ao mesmo mês de 2021. 

O número é o maior dos últimos cinco anos. Em 2017 foram 12 homicídios; nove ocorrências nos dois anos seguintes; cinco em 2020; e seis homicídios dolosos em julho do ano passado. 

9° Distrito Policial 

Do montante registrado neste ano, quatro deles aconteceram na região de abrangência do 9º Distrito Policial (DP), que incluem bairros como Vida Nova, Campo Belo, Cidade Singer, entre outros, com alta incidência de população com grande vulnerabilidade. A delegacia é seguida pelo 8º e 11º DP, com dois casos em cada um. 

“Estamos com menos casos este ano se considerarmos o total geral, em razão da forte atuação das forças policiais preventivas e investigações da Polícia Civil. Estamos atentos ao movimento de homicídios, que são cíclicos. Tanto é que, em agosto, o número voltou a cair”, afirmou o delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Rui Pegolo.

“Não há uma causa específica (para o aumento ou redução). O fato é que seguimos investigando e identificando os autores, submetendo-os ao Ministério Público e Judiciário”, acrescentou Pegolo.

De acordo com o delegado, a maioria das vítimas assassinadas registravam algum antecedente criminal e “o tráfico de drogas e desacerto de quadrilhas são as molas propulsoras para o cometimento dos homicídios”.

A alta deste tipo de crime na cidade também se deve ao número de mulheres que foram assassinadas na cidade em razão de violência doméstica. Em julho, duas mulheres foram vítimas de feminicídio. A dona de casa Adriane Tavares Pereira, de 34 anos, e a faxineira Ivani Carvalho de Souza, de 55, entraram para a estatística ao serem mortas pelos ex-companheiros que não aceitavam o fim do relacionamento. No caso de Adriane, o agressor cometeu suicidou. 

Na lista de assassinatos no mês de julho, por razões que serão esclarecidas pela Polícia Civil, constam o atendente de call center, Kleber Adriano da Silva Ferreira, de 40 anos, que foi encontrado morto, com diversos tiros, às margens de um córrego no Jardim Santa Lúcia. Conhecido por ser jogador de basquete, a vítima morava na Vila União, bairro vizinho ao local onde foi encontrado o corpo.

Também em julho, um homem de 64 anos foi assassinado a golpes de pé de cabra pela companheira, de 27 anos, e o amante dela. O crime aconteceu no Jardim Lisa. Os suspeitos foram presos logo após o homicídio pela Polícia Militar. Na residência da vítima, os policiais encontraram três facas, um facão e um pé de cabra. 

Estupro

O crime de estupro apresentou alta de 50% no mesmo período. As delegacias do município registraram 24 ocorrências no último mês. Em julho do ano passado foram registrados 16 casos. O estupro de vulnerável representa 70,83% dos registros do mês de julho deste ano (total de 17).

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