Cadáver estava em avançado estado de decomposição, segundo a Polícia
(Alessandro Torres)
A Polícia Civil de Campinas investiga a morte de uma pessoa cujo corpo foi encontrado esquartejado dentro do açude de um haras localizado na região do bairro Chácaras São Rafael, na zona rural. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 4º Distrito Policial (DP), o cadáver estava dividido em cabeça e tronco, acondicionados em uma rede com correntes, em avançado estado de decomposição. As partes estavam em locais distintos, mas próximos.
Conforme o registro policial, o corpo foi encontrado anteontem por dois funcionários do hras, que perceberam um forte odor desde o início da manhã. Por volta das 16h30, decidiram verificar a área próxima a uma ponte de onde vinha o mau cheiro e localizaram o que parecia ser um dedo humano emergindo da água. Com o uso de um pedaço de madeira, as testemunhas mexeram a rede e constataram que se tratava de uma cabeça humana. Ainda próximo ao local foi encontrado o tronco. As partes estavam decepadas.
Os funcionários então chamaram o dono do haras, que confirmou se tratar de restos humanos. A Polícia Militar (PM) foi acionada e isolou a área. A Polícia Técnico-Cientifica esteve no local e confirmou que o corpo estava em estado avançado de decomposição, o que impediu a identificação do sexo da vítima no momento da localização.
De acordo com os relatos de testemunhas para a polícia, a área onde o corpo foi encontrado tem a parte da frente com muros e guaritas, mas na parte dos fundos onde fica o açude não tem a mesma proteção, sendo, inclusive, passagem da locomotiva Maria Fumaça. Segundo funcionários, durante o dia o local é freqüentado pelos trabalhadores do haras e nenhuma anormalidade foi detectada nos dias anteriores.
O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ligada a Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 2 (Deinter), de Campinas. O delegado Rui Pegolo e sua equipe estiveram no local e aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e a análise das impressões digitais para tentar identificar a vítima. A ocorrência foi registrada como homicídio qualificado com autoria desconhecida.
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