O helicóptero Águia da Polícia Militar (PM) e equipes do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) foram acionados para dar apoio nas buscas. (Alessandro Torres)
A execução de uma mulher de 42 anos e os ferimentos causados por disparos em dois homens, sendo que um deles estava acompanhando a mulher, geraram pânico em Campinas e nas cidades vizinhas na manhã de quarta-feira (8). Os crimes ocorreram em bairros diferentes e em horários distintos, sendo todas as vítimas parentes da companheira do autor. De acordo com relatos de um parente do homem à polícia, o crime teria sido motivado por uma alucinação do agressor, que acreditava que as vítimas estavam conspirando contra ele.
A série de eventos teve início por volta das 7h30, quando o suspeito, de 31 anos, passou pela residência da mãe da companheira, localizada na Rua Filantropo Vicente Melilo, no bairro Vila Teixeira, e disparou contra o padrasto, um taxista de 46 anos, que foi socorrido e levado para o Hospital PUC-Campinas, com seu estado de saúde não divulgado.
Posteriormente, o suspeito dirigiu-se ao Jardim Tupi, região do São Gabriel, onde encontrou o pai e a madrasta da companheira em um veículo. Após uma discussão, todos saíram de seus automóveis, momento em que o homem atirou contra o sogro e, em seguida, contra a madrasta da companheira. O sogro foi socorrido pelo resgate do Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
Segundo informações da polícia, a mulher envolveu-se em uma luta corporal com o suspeito. Não foram fornecidos detalhes sobre o número de disparos realizados contra as vítimas nem sobre as áreas atingidas. A mulher faleceu no local do crime, na Avenida Paulo Cuba de Souza. O suspeito, identificado como Antônio Marcos Alberguine, conseguiu fugir no carro que dirigia, um Fiat Argo branco. Conforme relatos de um primo do autor à polícia, o homem vinha apresentando comportamento paranóico nos últimos tempos, e em diversas ocasiões afirmou que o sogro e o padrasto da mulher conspiravam para tirar-lhe a vida.
Embora os crimes tenham ocorrido em locais distintos, mas com o mesmo modelo de carro, residentes que ouviram os disparos ou testemunharam os ataques compartilharam informações com conhecidos. Em poucas horas, essas informações começaram a circular em grupos de WhatsApp. Moradores de Jundiaí mencionaram que o veículo utilizado pelo agressor teria sido avistado em bairros dessa cidade. Também surgiram relatos sobre o carro circulando em alta velocidade, com o autor efetuando disparos em áreas de Barão Geraldo e Nova Campinas.
O helicóptero Águia da Polícia Militar (PM) e equipes do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) foram acionados para dar apoio nas buscas. Informações da Guarda Municipal (GM) de Campinas indicaram que o veículo teria adentrado a cidade de Valinhos, mas a GM de Valinhos não confirmou essas informações, enfatizando que o veículo ainda estaria em Campinas.
O automóvel foi localizado por volta das 14h10 na Rua Leonor Augusta Pádua e Castro Mundt, na Vila Nogueira. Até as 14h40 do mesmo dia, a Polícia Militar (PM) continuava as buscas pelo suspeito. O estado de saúde das vítimas que sobreviveram ao ataque, o pai e o padrasto da companheira dele, não foi divulgado devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
