em Hortolândia

Aumenta a incidência de importunação sexual

Crimes têm ocorrido em locais públicos, com vigilância de câmeras

Do Correio Popular
26/11/2022 às 18:08.
Atualizado em 26/11/2022 às 18:08
Crimes têm ocorrido em locais públicos, com vigilância de câmeras (Reprodução)

Crimes têm ocorrido em locais públicos, com vigilância de câmeras (Reprodução)

Em menos de 10 dias Hortolândia registra o segundo caso de importunação sexual na cidade. Desta vez, uma promotora de vendas de 28 anos teve as nádegas apalpadas por um motociclista quando voltava do trabalho para casa. O crime aconteceu no Jardim Amanda 1. A vítima registrou boletim de ocorrência on-line e pede justiça. Na semana passada, uma dona de casa de 18 anos foi assediada por um homem que chegou a tirar o órgão genital para fora da bermuda. O caso aconteceu no Jardim Nossa Senhora de Fátima. Em ambos os casos, os ataques foram registrados por câmeras de vigilância.

A promotora de vendas foi assediada enquanto caminhava em direção a sua residência, por volta das 19h, na última segunda-feira. O caso só foi divulgado na quinta-feira (24) porque a vítima preferiu aguardar a filmagem para anexar como provar para a polícia sobre sua denúncia.

Pela imagem divulgada, a vítima caminhava a pé carregando sua bolsa e algumas sacolas, quando um motociclista entra na rua e começa a segui-la. Na sequência, ele aproxima-se e passa as mãos em seu posterior e acelera afastando-se. “A rua costuma ser movimentada, mas neste dia não havia ninguém. Eu estava com o fone de ouvido e não ouvi barulho de veículos. Estava atenta. Só percebi o pneu da moto batendo na minha perna e a mão dele na minha bunda, como se puxasse minha calcinha. Foi muito nojento, revoltante”, contou a promotora, que é mãe de duas crianças, uma de 6 anos e outra de 2. “Por sorte, havia um rapaz dentro de um carro que estava parado logo a frente. Ele achou que o motociclista me assaltava e ligou o carro. Nisso, o motociclista viu e saiu, mas saiu de vagar e olhando para trás”, relatou. “Sem querer, o rapaz me salvou. Até pedi ajuda dele, mas ele disse que não podia. Até entendo, acho que ele ficou com medo”, acrescentou a jovem, que acionou a Polícia Militar (PM), que fez ronda e não achou o suspeito.

A promotora de vendas disse que após o episódio não conseguiu mais voltar sua rotina normal. Como mora sozinha com os filhos, mudou de trajeto, não consegue dormir pensando no ataque e, quando sai à rua, sente medo. “Toda moto vermelha que vejo, acho que é ele. Estou muito assustada. Eu espero que a polícia dê atenção, pois tive que mudar minha vida. Gostaria que esse homem fosse punido pelo que fez, pois ninguém deve tocar no outro, sem permissão. Não posso aceitar esse tipo de assédio”, falou.

Para lembrar

No domingo dia 13, duas primas foram abordadas por um homem que estava de bermuda e sem camiseta quando chegavam na casa de uma delas. O homem abriu a bermuda e esfregou o órgão genital nas nádegas de uma delas. Na sequência, deu um tapa na bunda da vítima e fez ameaças. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

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