Agentes afirmaram que nunca viram uma cena parecida com esta (Reprodução)
Uma cena inusitada chamou a atenção dos agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Americana, durante uma mega-apreensão de maconha realizada anteontem na Vila Real, em Hortolândia. Na detenção de três suspeitos, o cão de guarda do local também se rendeu e deitou no chão com o trio.
Segundo o agente policial Emerson Siqueira, foi a primeira vez que os policiais viram uma cena semelhante. O animal, de raça rottweiler, ficou o tempo todo com o trio, levantando-se apenas algumas vezes para beber água. “Acho que foi medo (do cachorro). Ele imitou o dono”, disse Siqueira.
O vídeo gravado pelos policiais mostra o cão e os homens deitados, enquanto a equipe revistava o imóvel. De acordo com os agentes, o animal fazia a segurança da chácara onde ocorreu a apreensão da carga de maconha.
“Quando ‘tomamos’ o local, todos correram para dentro do imóvel e se renderam na sala. O cão acompanhou a movimentação e também se deitou no chão, ficando quietinho. Ficamos até com um pouco de receio do animal, achando que ele atacaria, pois era bem grande e com cara de bravo. Mas acho que ele se assustou com a movimentação”, contou o policial.
A prisão dos três suspeitos se deu durante a 4ª Fase da “Operação Fronteira”, que apura a rota de drogas enviadas de outros países que passam pela região Centro-Oeste e são vendidas na região de Campinas. Nesta fase da operação, os policiais receberam informações de uma carga oriunda de Campo Grande (MG) com destino a Hortolândia.
Mediante trabalho de inteligência, os policiais descobriram que a carreta estava em uma chácara, localizada na Rua Sebastião Geraldo B. Carvalho, em fase de descarregamento de uma grande quantidade de maconha.
No local, os agentes localizaram 1.176 tijolos da droga, o equivalente a 1.141 quilos, que estavam escondidos debaixo de caixas de madeira. “Nós não estamos investigando um determinado grupo, porque na verdade existem vários. Com certeza, isso daqui [quantidade de droga] não daria para muito não, espalharia rapidinho”, avaliou em coletiva o delegado Marco Antônio Pozetti.
Entre os presos, o motorista da carreta, o dono do imóvel onde a droga estava sendo descarregada e, o outro, um ajudante. Os suspeitos e a carreta com os ilícitos foram direcionados para a sede da Dise.
O cachorro permaneceu na casa com a dona da chácara, que não tem envolvimento com o tráfico de drogas. Além dele, outros dois cães também ficaram com a mulher.
