Assaltante invade Matosinho em pleno horário de aulas

Uma invasão criminosa e ousada ocorrida na tarde de ontem na Escola Estadual José Maria Matosinho, localizada no bairro São Bernardo, em Campinas, durante o intervalo entre as turmas da tarde, causou perplexidade entre pais, alunos e professores. O bandido ainda não identificado se aproveitou do período em que as salas estavam vazias devido ao intervalo entre as turmas e conseguiu furtar dinheiro, celulares e cartões de banco de estudantes de cinco salas. Esse episódio perturbador ocorreu apesar das recentes medidas de segurança anunciadas pelo governo estadual para proteger a comunidade escolar, em resposta a ataques anteriores em escolas públicas. 

A movimentação do criminoso foi registrada pelas câmeras de segurança presentes nas salas de aula, e o caso está sendo investigado pelo 2º Distrito Policial. Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, o crime ocorreu entre 16h e 16h59. O suspeito, utilizando um boné para se disfarçar, teria escalado o muro da escola para acessar o local, que fica próximo à Paróquia da Imaculada. Uma vez dentro da escola, ele arrombou uma janela para entrar nas salas de aula, onde saqueou as bolsas dos alunos, levando itens de valor, como celulares, dinheiro e cartões de banco. 

As câmeras de segurança capturaram o momento em que o criminoso vasculhou as mochilas dos alunos, retirando objetos de valor e guardandoos em uma pequena bolsa que carregava consigo. Devido à alternância dos intervalos, o criminoso conseguiu entrar nas salas vazias sem ser interrompido. Umaluno do 6º ano relatou que a turma do 9º ano avistou o suspeito na sala do 6º ano, mas não agiu. O aluno também mencionou que o criminoso retirou o rastreador do celular de uma estudante e jogou o chip na rua.

Os pais dos estudantes foram convocados pela escola e orientados a registrar boletins de ocorrência, seguindo o procedimento adotado pela própria instituição. De acordo com a direção da unidade escolar, o envolvimento dos pais é fundamental para garantir que o caso seja investigado de maneira adequada e que as autoridades possam localizar o suspeito.

A escola estadual já vinha implementando medidas para fortalecer a segurança no local após ataques anteriores ocorridos em outras escolas públicas do Estado. Em março do ano passado, o governador Tarcísio de Freitas, junto com os secretários estaduais de Educação, Renato Feder, e de Segurança Pública, Guilherme Derrite, lançou um pacote de políticas públicas para fortalecer a segurança nos estabelecimentos de ensino de todo o Estado.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc- SP) destinou uma verba significativa, cerca de R$ 240 milhões, para contratar 550 psicólogos e 1.000 seguranças privados para as escolas estaduais. Além disso, foram ampliadas as horas de professores exclusivos para lidar com questões de convivência, e a Plataforma Conviva - Placon foi atualizada para o registro de ocorrências nas escolas estaduais.

Para priorizar ocorrências envolvendo a comunidade escolar, foi implementado um botão "Segurança Escolar" no aplicativo 190 SP da Polícia Militar, o que garante uma resposta mais rápida para chamadas relacionadas à escola. Além disso, o policiamento nas proximidades das escolas foi intensificado para garantir a segurança dos estudantes e funcionários.
Em nota oficial, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lamentou profundamente o ocorrido. A secretaria enfatizou que a equipe de gestão da escola agiu de acordo com os protocolos de segurança, prestando apoio aos estudantes e notificando seus responsáveis. As aulas prosseguiram normalmente após o incidente, e a direção escolar se comprometeu a reforçar ainda mais as medidas de segurança na instituição.

"A Diretoria de Ensino Campinas Leste e a escola estão colaborando com as investigações e permanecem à disposição para fornecer mais informações", declarou a secretaria em seu comunicado oficial, enfatizando que o envolvimento e a colaboração da comunidade escolar e das autoridades locais são essenciais para garantir que situações como essa não voltem a ocorrer e que os responsáveis sejam rapidamente identificados e levados à justiça.

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