NA REGIÃO DO PARQUE OZIEL

Agentes do 1° Baep impedem roubo de fios de cobre em obra

Material avaliado em R$ 200 mil estava em um canteiro, onde serão erguidos apartamentos

Alenita Ramirez/ alenita.ramirez@rac.com.br
12/07/2022 às 12:01.
Atualizado em 12/07/2022 às 12:01

Canteiro de obras de apartamentos financiado pela Caixa Econômica Federal, no Jd. do Lago: fios recuperados (Kamá Ribeiro)

Ontem de madrugada, agentes do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) conseguiram impedir o roubo de diversas bobinas de fios de cobre, avaliadas em cerca de R$ 200 mil, de um canteiro de obra de apartamentos financiado pela Caixa Econômica Federal, no Jardim do Lago 2, na região do Parque Oziel. 

Quatro bandidos, com idades entre 28 e 41 anos foram presos em flagrante e duas armas foram apreendidas com eles. “O cobre é um material muito lucrativo para os criminosos e tem um amplo mercado receptivo, que vai do pequeno sucateiro até as empresas de reciclagem”, comentou o investigador-chefe da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG), Marcelo Hayashi. 

A região de Campinas vem sofrendo uma onda de furtos e roubos de fios de cobre, crimes que deixam muitas vezes bairros sem energia elétrica e abastecimento de água. De janeiro até a semana passada, somente a DIG, ligada à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), recuperou cerca de 48 toneladas do material. Em dois dos casos de apreensão, os fios foram roubados de duas grandes empresas, uma em Sumaré e outra em Barra Bonita, a 180 quilômetros de Campinas.

A maioria dos furtos em empresas é cometido por funcionários que desviam o material de obras ou instalações, segundo Hayashi. Entretanto, também existem quadrilhas especializadas que roubam em grande escala. 

Recentemente, a DIG recuperou duas toneladas de fios de cobre da CPFL Paulista, que haviam sido roubadas no final de junho, de uma subestação em Sumaré. O material estava dentro de um caminhão-baú, no Jardim São Domingos. “A DIG realiza reiteradamente operações de fiscalização em sucatas para coibir a receptação”, informou o investigador-chefe.

Nas sucatas, o material pode ser comercializado entre R$ 5,00 e R$ 8,00 o quilo e revendido pelos sucateiros por até R$ 52,00 o quilo, segundo a polícia. A reportagem consultou algumas sucatas do município, mas apenas uma delas informou que o cobre mais caro, chamado de “mel”, é comprado por R$ 30,00 o quilo, o queimado, por R$ 28,00 o quilo e o com casca a R$ 8,00 o quilo. “Eu comprava esse material, mas deixei de comercializar”, afirmou o sucateiro, cujo nome foi preservado. 

Quadrilha presa

Na tentativa de roubo, na madrugada de ontem, os criminosos chegaram ao canteiro de obras por volta das 23h de domingo. O grupo era composto por ao menos oito bandidos. 

Os criminosos renderam o vigilante e quatro deles seguiram para o galpão onde estava as bobinas. A ação dos criminosos só não foi concretizada porque uma viatura do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) patrulhava nas imediações, foi alertada pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom) e chegou quando os criminosos ainda se preparavam para retirar as bobinas. 

Para carregar as bobinas, os criminosos levaram um caminhão-baú que teria sido contratado pelos criminosos, segundo o advogado de defesa de um dos suspeitos presos. 

Com os bandidos detidos foram apreendidas duas armas – uma pistola 380 e um revólver calibre 38 -, munição, um veículo e três celulares. O caso foi registrado na 2ª Delegacia Seccional de Campinas, no Jardim Londres.

Operação

Neste ano, a DIG realizou ao menos duas operações contra a receptação de fios de cobre: uma em fevereiro e outra em março e nas duas ações os agentes conseguiram fazer apreensões.

Em uma delas, em um depósito de sucata, em Sumaré, os policiais apreenderam 20 toneladas de fios que tinham sido roubados de uma indústria em Barra Bonita. O material foi avaliado em R$ 500 mil. 

Já em março, em outra ação policial para coibir o crime de receptação, os agentes vistoriaram sete locais em Campinas e apreenderam 25 toneladas de fios de cobre, da empresa Vivo. Dois homens foram presos na época. 

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