Agência é assaltada por ladrões fantasiados de policiais federais em Campinas

A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Campinas, abriu inquérito para apurar o assalto a uma agência do Banco do Brasil (BB), na Avenida Papa Paulo VI, no Jardim do Trevo, em Campinas, segunda-feira (5) à tarde, duas horas antes do jogo do Brasil contra a Coreia do Sul. O crime foi cometido por quatro bandidos, dois deles fantasiados de policiais federais e armados. Além do dinheiro do cofre e armas dos vigilantes, os criminosos também teriam obrigado os funcionários a fazer diversas transferências bancárias. De acordo com a Polícia Militar (PM), ninguém foi preso ou ferido durante a ação.

Terça-feira (6), não houve atendimento na agência, que permanecerá fechada hoje também. Os usuários podem buscar outras agências ou optar pelos canais digitais disponíveis. O mesmo tipo de roubo foi registrado na manhã de terça-feira (6) em uma agência do BB em Ribeirão Preto.

O assalto no Jardim do Trevo aconteceu por volta das 13h30, quando a agência se preparava para fechar – devido ao horário de encerramento mais cedo, por conta do jogo do Brasil. De acordo com a corporação, os homens se identificaram como policiais para entrar na agência, inclusive, apresentaram distintivos da corporação.

Dois deles entraram primeiro e renderam dois vigilantes e os funcionários. Na sequência, outros dois se passaram por clientes e entraram também da agência. No total, segundo a polícia, dez pessoas foram mantidas reféns em uma sala, nos fundos do banco.

Ainda, conforme a PM, enquanto mantinham as vítimas dentro da agência, os ladrões subtraíram os armamentos dos vigilantes e determinaram que os funcionários realizassem vários depósitos em diversas contas, por meio dos celulares das próprias vítimas.

Porém, a informação sobre essas transações episódio envolvendo os trabalhadores não foi confirmada pelo Banco do Brasil (BB). Para não serem identificados, os bandidos levaram o computador e o HD do sistema de monitoramento do banco.

“Carteirada”

A reportagem apurou que os criminosos informaram que estavam cumprindo diligências e os vigilantes teriam permitido a entrada dos falsos agentes porque era “comum policiais federais irem ao local por causa das operações”. Um dos criminosos usou uma máscara durante toda a ação. A quadrilha utilizou uma furadeira para abrir o cofre da agência bancária e conseguiu levar uma quantia em dinheiro que não foi divulgada pelo banco. Dois revólveres, calibre 38, foram levados pelos bandidos.

A Polícia Militar foi acionada por volta de 14h35. Além dos quatro integrantes do bando, a corporação acredita que outros comparsas deram cobertura do lado de fora. Eles fugiram em dois carros.

O caso foi registrado no plantão do 1º Distrito Policial (DP) e teerçafoi encaminhado à 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ligada à Deic. A Polícia-Técnico Científica foi acionada e esteve na agência. Os policiais da DIG informaram terça que vão ouvir, nos próximos dias, os funcionários que estavam trabalhando no banco para obter mais detalhes da ação. E, ainda, vão buscar imagens de câmeras de segurança instaladas no entorno, para tentar identificar os criminosos.

Primeira vez

A Avenida Papa Paulo VI fica paralela a Av. Prestes Maia, uma das mais movimentadas da cidade e que oferece acesso às rodovias Anhanguera e Santos Dumont. A agência fica localizada no sentido bairro-Centro e está a cerca de 500 metros da rotatória que leva a duas rodovias. Este foi o primeiro roubo a banco neste ano em Campinas. No ano passado, também houve apenas um crime dessa modalidade em agência bancária.

Em nota, o Banco do Brasil informou “que, no âmbito da sua atuação, colabora com as autoridades policiais na investigação da ocorrência criminosa à sua agência Trevo, em Campinas” e que a unidade não abriu terça-feira.

“Clientes e usuários da agência Trevo podem buscar atendimento nas demais agências do município. O Banco presta assistência aos funcionários da agência invadida e atua para normalizar o atendimento no menor tempo possível”, completou.