CAMPINAS

Acidente na Santos Dumont mata quatro amigos e deixa duas vítimas feridas

Turma deixou Jardim Itatinga de carro e no caminho para Indaiatuba aconteceu uma colisão fatal

Alenita Ramirez/ [email protected]
03/08/2023 às 09:15.
Atualizado em 03/08/2023 às 09:15
Local do acidente na Rodovia Santos Dumont; com o impacto, três dos ocupantes foram ejetados do veículo (Divulgação)

Local do acidente na Rodovia Santos Dumont; com o impacto, três dos ocupantes foram ejetados do veículo (Divulgação)

Quatro homens com idades entre 25 e 31 anos morreram em um acidente ocorrido na terça-feira (1) à noite, na Rodovia Santos Dumont (SP-075), em Campinas, enquanto outros dois sofreram ferimentos. O choque envolveu dois veículos de passeio. As vítimas fatais estavam no interior de um Peugeot 307, acompanhadas por um outro passageiro que sofreu lesões graves e foi encaminhado para o Hospital PUC-Campinas, onde permaneceu internado. Um dos falecidos não havia sido identificado até a manhã de quarta-feira (2). O outro sobrevivente é um autônomo colombiano de 39 anos, que conduzia um Jeep Renegade. Ele sofreu uma fratura grave na perna direita e recebeu atendimento no Hospital Municipal Ouro Verde. De acordo com as autoridades, o acionamento do airbag mitigou os danos ao condutor. O grupo de amigos estava na região do Jardim Itatinga, e dentro do veículo foi encontrada uma garrafa de uísque parcialmente consumida. Três das vítimas fatais possuíam histórico criminal.

A trágica colisão ocorreu por volta das 22h15 no quilômetro 65 da rodovia, nas proximidades do Jardim Columbia, na região do Campo Belo, no sentido Campinas.

O grupo que se encontrava no Peugeot 307 transitava em direção a Indaiatuba. As razões pelas quais o motorista perdeu o controle serão objeto de investigação por parte da Polícia Civil. O condutor cruzou o canteiro central e colidiu frontalmente com o Jeep, que seguia no sentido Campinas. A violência do impacto resultou em um capotamento do Peugeot, que finalizou sua trajetória com as rodas voltadas para cima. Três dos ocupantes foram ejetados do veículo e dois deles, incluindo um dos sobreviventes, permaneceram no interior do automóvel.

O tenente da Polícia Militar Rodoviária (PMR), Jaelson Ferreira Nobre, compartilhou: "Chamou a atenção o fato de que, após a colisão, três ocupantes do Peugeot foram arremessados para fora do veículo, enquanto os outros dois permaneceram deslocados no interior do carro, sugerindo a ausência do uso de cintos de segurança".

O sobrevivente consciente informou que estavam saindo do Itatinga e retornando a Indaiatuba, onde residem. Ele foi levado ao Hospital PUC-Campinas, onde permaneceu internado em estado estável. Familiares se dirigiram ao local e conseguiram identificar três das quatro vítimas fatais.

"É provável que o motorista estivesse em alta velocidade e tenha perdido o controle ao tentar reduzir a velocidade, já que nesse trecho o limite permitido é de 110 km/h. A perícia identificou marcas de frenagem na pista por aproximadamente 20 metros, até o veículo colidir com o canteiro central", relatou o tenente. E acrescentou: "Felizmente, o outro veículo estava ocupado somente pelo motorista, pois do contrário a tragédia teria sido ainda maior".

O autônomo também é residente em Indaiatuba e não possui qualquer relação com o grupo de homens envolvido. Um parente de uma das vítimas relatou aos policiais rodoviários que o grupo foi avistado pela última vez em Indaiatuba por volta das 15h do mesmo dia em que ocorreu a tragédia.

Para o resgate das vítimas, foi necessário mobilizar quatro viaturas de resgate do Corpo de Bombeiros, além de duas da Concessionária AB Colinas. Dado o falecimento do condutor do Peugeot 307, não foram conduzidos exames de alcoolemia para determinar possível consumo excessivo de álcool ou outras substâncias entorpecentes.

O acidente aconteceu a aproximadamente 1 km de uma curva conhecida por registrar acidentes graves. No trecho onde ocorreu o acidente que ceifou a vida dos quatro homens, a ausência de uma barreira de proteção no canteiro central é notável e, de acordo com Nobre, tem sido objeto de reclamações devido à sua estreiteza e falta desse dispositivo de segurança. A velocidade máxima permitida nesse segmento é de 110 km/h.

Nobre informou que a PMR já encaminhou à concessionária uma solicitação para implementação de medidas de segurança em alguns pontos considerados perigosos, os quais carecem de barreiras de proteção na pista. Esta solicitação está em análise junto à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), visto que o contrato de concessão não previa intervenções nos locais indicados. "Tínhamos uma viatura próxima ao local do acidente e chegamos prontamente. No entanto, trata-se de um trecho onde a fiscalização não é viável em todos os pontos, devido à segurança dos agentes e dos condutores. Frequentemente realizamos operações de fiscalização nos quilômetros 72 e 66, sendo este último referente à alça de acesso ao aeroporto", explicou o tenente. Adicionalmente às operações de alcoolemia, os agentes também conduzem verificações de "revelia", que consistem em fiscalizações à distância, sem abordagem, a fim de verificar o uso do cinto de segurança nos veículos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por