Polícia Civil e Detran-SP deflagraram a Operação ‘Tomb Car’, que fiscalizou dois estabelecimentos
A fiscalização faz parte de um trabalho conjunto das forças de segurança e do Detran-SP (Divulgação Detran)
Uma ação conjunta da Polícia Civil de Campinas e do Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) apreendeu milhares de peças automotivas usadas em duas lojas, anteontem, e prendeu em flagrante dois comerciantes. A fiscalização faz parte de um trabalho das forças de segurança em parceria com o órgão de trânsito para combater os crimes de receptação, furto e roubo de veículos.
Esta foi a segunda apreensão de peças automotivas irregulares na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em menos de uma semana. Na sexta-feira passada, a ação ocorreu em Santa Bárbara d´Oeste e resultou na apreensão de mais de 300 caixas com peças diversas, que iam de retrovisores a radiadores. De janeiro a maio deste ano, segundo dados do Detran-SP, 402 estabelecimentos credenciados foram fiscalizados na nossa região.
No caso de Campinas, a operação denominada "Tomb Car" foi deflagrada por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e teve como alvo cinco estabelecimentos que comercializam peças automotivas usadas. Em um dos locais, na Vila Georgina, os policiais encontraram milhares de peças sem etiqueta de procedência ou com identificação ilegível. A loja tinha autorização para funcionar e, por isso, não foi fechada.
Na outra loja, no Jardim Ipaussurama, os agentes constataram que o local não tinha autorização de funcionamento e todas as peças estavam sem etiqueta de identificação. Neste caso, devido à irregularidade administrativa, o estabelecimento foi lacrado. "As peças não tinham qualquer selo ou etiqueta de rastreabilidade. Então se presume que elas eram falsas", disse o delegado titular da DIG, Marcel Ferh.
"Essa atividade de desmanche de veículos e comércio de peças usadas não é ilegal, ela é permitida, mas desde que se siga a normativa do Detran-SP, que estabelece as regras de rastreabilidade das peças para verificar sua origem e sabermos se são de carros roubados ou não. Nos casos das lojas, não conseguimos descobrir se as peças eram de carros roubados ou não, porque não tinham essas etiquetas", explicou Ferh.
De acordo com o delegado, uma das lojas vendia em sites. Os dois homens foram presos em flagrante por adulteração de identificação de veículos, que não cabe fiança. Eles ficaram à disposição da justiça e passariam ontem por audiência de custódia e podem responder ao crime em liberdade. As penas para o crime ao qual responderão podem chegar a oito anos de prisão.
SANTA BÁRBARA D'OESTE
No último dia 30, durante uma operação do Detran-SP, em parceria com a Polícia Militar, para averiguação de irregularidades em três depósitos de peças, os agentes localizaram em um porão nos fundos de um imóvel, em Santa Bárbara D'Oeste, mais de 300 caixas com peças diversas, que iam de retrovisores a radiador. O responsável pelo estabelecimento responderá ao processo administrativo, enquanto o local foi interditado, já que estava atuando sem o devido credenciamento junto ao órgão estadual de trânsito.
Segundo o Detran-SP, a ação foi resultado de um trabalho de inteligência e monitoramento de estabelecimentos, que foram descredenciados. No depósito ainda foram encontrados indícios de que as peças estavam sendo comercializadas ilegalmente por meio de sites. "O objetivo da operação é coibir o comércio irregular de peças, proteger os consumidores e garantir a segurança viária e preservação de vidas", frisou o Detran em nota. A Superintendência do Detran-SP em Campinas realizou na última quinta-feira (29) uma operação em parceria com a Polícia Militar para averiguação de irregularidades em depósito de peças. No local, em um porão nos fundos de um imóvel, em Santa Bárbara D'Oeste, encontraram mais de 300 caixas com peças diversas: de retrovisores a radiador. O responsável pelo estabelecimento responderá ao processo administrativo, enquanto o local fica interditado, pois estava atuando sem o devido credenciamento junto ao órgão estadual de trânsito.
Assim como em Campinas, as peças ficam no estabelecimento e o responsável assinou um termo de depositário fiel, para que as peças não sejam comercializadas, enquanto o processo administrativo está tramitando.
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