em campinas

Ação fecha fábrica clandestina que usava miúdos para fazer hambúrguer

Casa funcionava sem adesão ao SIM e usava carnes de 2ª categoria para produtos destinados a lanchonetes na região; 2 toneladas de carnes serão inutilizadas

Do Correio.com
08/02/2024 às 18:20.
Atualizado em 08/02/2024 às 18:20
Carnes encontradas em fábrica clandestina serão levadas para aterro (SIM-POA)

Carnes encontradas em fábrica clandestina serão levadas para aterro (SIM-POA)

Uma ação da Polícia Civil e do Setor de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM-POA) de Campinas, fechou na tarde desta quinta-feira (8) uma fábrica clandestina que usava miúdos para produzir produtos como hambúrgueres e almôndegas. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos 2 toneladas de carnes serão inutilizadas e destinadas ao aterro sanitário. 

O espaço fica na rua Felisberto Gomes Barca, Novo Maracanã. Os produtos feitos no local eram vendidos para lanchonetes e restaurantes da cidade e outros municípios da região. 

De acordo com a chefe do SIM-POA, Tereza Abujamra, a fiscalização começou após a polícia flagrar o momento em que um veículo era carregado com carnes perto do imóvel, que aparentava ser somente uma casa externamente. Dentro, contudo, havia uma estrutura de uma pequena fábrica. No local, foram constatadas precárias condições de higiene, armazenamento inadequado, com carnes colocadas ao chão e temperatura ambiente. 

"Eles compravam uma carne de segunda categoria, miúdos, e produziam carne moída, hambúrgueres, almôndegas. Esses produtos não podem ser feitos com qualquer tipo de carne. É proibido o uso de miúdos. Foi encontrado até coração moído [...] sacos de 5 kg, 10 kg, que eram distribuídos para restaurantes de Campinas e municípios da região como Indaiatuba”, explicou

Tereza explicou que os supostos responsáveis foram levados pela polícia para prestar esclarecimentos na delegacia. O caso deve ser apurado pelo 11º Distrito Policial.

O espaço não tinha aval do SIM-POA, responsável por inspecionar produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Além de inutilização dos alimentos, o espaço foi interditado e outras medidas devem ser tomadas, segundo Tereza. “Um processo administrativo deve ser aberto, os responsáveis têm prazo para defesa, e podem receber outras penalidades”.

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