Kakay, postou em seu WhatsApp que a letra da canção 'Sangue Latino' é "o hino dos delatores"
Advogado de duas dezenas de alvos da Operação Lava Jato, Antônio Carlos de Almeida Castro, ou Kakay, postou em seu WhatsApp, na última sexta-feira, que a letra da canção 'Sangue Latino', consagrada pelo grupo Secos & Molhados em 1973, é “o hino dos delatores”. Depois de transcrever a letra completa no aplicativo do celular, Almeida Castro comentou a estrofe inicial — “Jurei mentiras/E sigo sozinho/Assumo os pecados/Uh! Uh! Uh! Uh!...” Seguem sozinhos “Resta saber se os advogados dos delatores aprovam, pois afinal os delatores não ‘seguem sozinhos’, embora tenham ‘rompido os tratados e traído os ritos’”, diz. Segundo o post, “o que de fato interessa é que continuam ‘jurando mentiras’, protegendo, escolhendo, omitindo cinicamente, mas na certeza de que, se descobertos, terão direito a um recall, ou seja, a certeza esperta da impunidade”, afirma. FRASE "Mário Covas dizia que o povo erra menos que as elites." - Do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), sobre as citações de seu nome nas delações da Operação Lava Jato. Referência O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), citou o ex-governador Mário Covas para se defender das denúncias contra ele apresentadas na Operação Lava Jato, sexta-feira, na cidade de Patrocínio Paulista. Muitos partidos Alckmin também criticou a grande quantidade de partidos no País, o que, de acordo com o governador, faz com que hoje funcionem como “partido-empresa”. Alckmin voltou a dizer que a campanha dele foi realizada dentro da lei. “Tenho 40 anos de vida pública, modesta e dedicada à nossa população, e a consciência absolutamente limpa”, afirmou. Muitas ideologias Indagado se as legendas sobreviverão às denúncias, o governador de São Paulo alegou que o Brasil precisa de reforma política porque não seria possível existirem 35 siglas. “Você não tem 35 ideologias”, argumentou. “Então, é partido-empresa para pegar recursos do Fundo Partidário. Isso é um absurdo.” De acordo com Alckmin, é preciso a reforma partidária “para ter menos partidos, para ter partidos mais programáticos”. Fogo amigo? Aliado de Alckmin, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o governador está “muito constrangido” com a acusação feita por um delator da Odebrecht de que negociou caixa dois para sua campanha eleitoral de 2010. Defesa Doria defendeu o governador, que é seu aliado e apadrinhou sua candidatura à prefeitura paulistana em 2016. “Como ele (Alckmin) mesmo diz, ele fará a sua defesa com a convicção de que nada deve e sairá absolutamente ileso dessa situação, embora diante de todo esse constrangimento.” Vantagem Nas fileiras do PSDB, ambos são citados como potenciais candidatos à Presidência da República em 2018. Doria, segundo alguns tucanos, levaria vantagem nessa disputa interna depois as revelações feitas nas delações contra Alckmin. Mais uma batalha Em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados retomou a análise do projeto que inclui na Lei de Crime de Responsabilidade o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que usurpar as competências do Legislativo e do Executivo. O objetivo do projeto, segundo os autores, é acabar com o “ativismo judiciário”. A briga é mais um capítulo na disputa entre Legislativo e Judiciário, em que, aparentemente, um poder tenta cada vez mais diminuir o outro.