Unidade seria instalada no entorno do Mário Gatti
A expectativa é iniciar o projeto ainda no segundo semestre de 2025; "quero começar imediatamente", afirmou o governador (Alessandro Torres)
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou ontem, durante agenda em Indaiatuba na manhã de ontem, que a construção do novo Hospital Metropolitano em Campinas "está decidida". De acordo com o governador, o novo equipamento de saúde ficará em uma área próxima ao Hospital Mário Gatti. Com 400 leitos para média e alta complexidade, a perspectiva é de que a obra deve levar de 24 a 36 meses para ser concluída. O investimento previsto é de cerca de R$400 milhões. A expectativa é iniciar o projeto ainda no segundo semestre de 2025. "Quero começar imediatamente", afirmou o governador.
De acordo com Tarcísio, não seria investimento pequeno, porém o Estado tem condições para mobilizar esse montante. "Até porque esse investimento acontece ao longo da construção, o dinheiro não será um problema". A intenção é de fato transformar a área do Mário Gatti em um complexo de saúde. No local já existem, além do próprio Mário Gatti, uma unidade de atendimento pediátrico (Mário Gattinho), um ambulatório médico de especialidades, o Hospital de Amor e o Hospital da Mulher, que ainda não está em funcionamento..
Com relação ao tempo para a conclusão da obra, estimado entre 24 e 36 meses, Tarcísio afirmou que entende que a demanda por leitos é urgente e que a cobertura de disponibilidade precisa aumentar o quanto antes. "A nossa ideia obviamente é botar bastante recurso para acelerar esse cronograma". A expectativa é de que no segundo semestre deste ano o Estado possa disponibilizar o processo licitatório para a contratação da construtora. Para Tarcísio, copiar modelos já implementados é uma forma de dar celeridade ao processo. Ele citou o projeto do Hospital Rota dos Bandeirantes, construído na cidade de Barueri, como exemplo. "Quando temos um modelo pronto fica mais fácil de replicar em um novo projeto", afirmou.
Segundo o governador, atualmente a Região Metropolitana de Campinas (RMC) conta com 3.1 mil leitos e essa quantidade precisa ser ampliada. Para que a pressão sobre os hospitais de Campinas diminua, Tarcísio também afirmou que está em conversas com prefeituras de outras cidades para ampliar a oferta de leitos nesses locais. Como exemplos, ele citou uma conversa com a prefeitura de Bragança Paulista, onde são esperadas a abertura de 60 leitos, e também aumentar a cobertura nas cidades do Circuito das Águas. "Estamos trabalhando com os prefeitos do Circuito das Águas para que possamos fazer novas instalações hospitalares, tais ações já aliviam um pouco a pressão por leitos na RMC."
Além do anúncio do novo hospital, Tarcísio também informou que estão em fase de contratação mais 4 mil procedimentos ambulatoriais de emergência para atender a RMC. O que inclui cirurgias, sessões de quimioterapia, ressonâncias magnéticas, entre outros, incluindo internações clínicas e em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nesse caso, o investimento total é de R$ 7,4 milhões ao mês. O processo de contratação segue em andamento "Também estamos mobilizando a rede privada para aumentar nossa capacidade de fazer hemodiálise". No Hospital de Clínicas da Unicamp (HC), o governador pretende, além da atual reforma de 36 leitos, o objetivo é fazer uma nova emergência no HC para aumentar a capacidade de atendimento. "Queremos reformar as alas do HC para que possamos aumentar sua cobertura."
Em resposta às declarações do governador, a Prefeitura de Campinas afirmou que está acompanhando a elaboração do projeto e que o assunto será tratado no âmbito do Conselho da RMC. Além disso, também informou que mais detalhes sobre o projeto do futuro Hospital Metropolitano serão divulgadas oportunamente.
O Hospital Regional é uma reivindicação antiga das prefeituras da RMC. Tarcísio afirmou que "já conversou com o Dário (Saadi, prefeito de Campinas) e vamos viabilizar o projeto nesse local". Dessa forma, a região do Mário Gatti se transformará ainda mais como um importante local de atendimento à saúde da população.
O Correio Popular faz a cobertura do assunto desde o começo das discussões políticas sobre a necessidade de amenizar a demanda da Saúde com a construção de uma nova unidade hospitalar.
Em setembro de 2022, o ex-governador Rodrigo Garcia anunciou a construção do Hospital Metropolitano durante uma visita à cidade enquanto realizava campanha eleitoral. Em março de 2023, em um evento reunindo prefeitos da RMC, empresários e deputados federais, já havia um escopo do projeto em discussão. O número de leitos poderia chegar a 400 e o custo de investimento seria de R$320 milhões, com um custeio anual de R$250 milhões. O Hospital Regional Metropolitano ficaria em uma área da Fazenda Argentina de cerca de 40 mil metros quadrados, cedida pela Unicamp para o projeto. Portanto, após o anúncio do governador e do posicionamento da prefeitura, a expectativa é a de que em breve sejam anunciados mais detalhes de nosso projeto.
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