Disponível em todos os centros de saúde, vacina contra a gripe ainda tem baixa adesão em Campinas; apenas 40,51% do grupo composto por idosos, gestantes, puérperas e crianças receberam o imunizante (Alessandro Torres)
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou, na última quarta-feira, a segunda morte provocada pelo vírus influenza, o que fez a Pasta reforçar a importância da vacina contra a gripe, disponível em todos os Centros de Saúde (CS). Em 2023, Campinas contabilizou 12 vidas perdidas por gripe e 167 casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza.
A vítima mais recente era uma mulher de 65 anos, sem comorbidade. Ela faleceu no dia 23 de abril. A primeira vítima foi um homem de 48 anos, que tinha insuficiência respiratória crônica e dependência de oxigenoterapia. A morte dele foi em 24 de março.
“A infecção pela gripe pode causar complicações como pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e morte. A vacina tem o objetivo de evitar gravidade e óbitos”, ressaltou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben. Neste ano, Campinas já registrou 69 casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza.
VACINAÇÃO
A Saúde chegou a 213,3 mil vacinados contra a gripe após nove semanas de campanha. Os imunizantes permanecem disponíveis nos 68 centros de saúde (CSs) da cidade. O número de doses representa uma cobertura geral de 40,51% entre idosos, gestantes, puérperas e crianças. A maior adesão, embora ainda tímida, é entre os idosos, com 44,23% vacinados. Na sequência, estão as crianças, 31,55%, puérperas (23,52%) e gestantes, com 20,86% de vacinadas - praticamente uma a cada cinco. A dose protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B/Victoria.
Desde 2 de maio, todas as pessoas a partir de 6 meses de idade podem tomar a dose contra a gripe. Basta levar documento de identificação com foto e carteira de vacinação (se tiver). Não é preciso agendar. A campanha teve início em 25 de abril. As salas de vacinação funcionam conforme horário de funcionamento de cada CS e detalhes estão na página vacina. campinas.sp.gov.br.
A coordenadora do Programa de Imunização, Chaúla Vizelli, ressaltou que a dose é segura. “Sabemos que a maioria das pessoas que acabam internadas são as que deixaram de se imunizar, por isso é muito importante que a população incentive a cultura de vacinação para se proteger e evitar sobrecarga na rede de saúde. Ela também pode ser tomada de forma simultânea com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação, caso seja preciso atualizar a caderneta”, ressaltou.
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