CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Saúde realiza bloqueio contra coqueluche em creche

Criança de dois anos que estuda em um CEI localizado no Jd. Nova Europa manifestou sintomas da doença

Da Redação
02/04/2025 às 13:18.
Atualizado em 02/04/2025 às 13:41
Vacina está disponível nos centros de saúde da cidade sem necessidade de agendamento prévio, basta fazer parte do público-alvo; a imunização é a principal medida preventiva contra sintomas graves da coqueluche (Kamá Ribeiro)

Vacina está disponível nos centros de saúde da cidade sem necessidade de agendamento prévio, basta fazer parte do público-alvo; a imunização é a principal medida preventiva contra sintomas graves da coqueluche (Kamá Ribeiro)

A Secretaria de Saúde de Campinas realizou ontem, 1º de abril, uma ação de bloqueio seletivo contra coqueluche para estudantes e funcionários do Centro de Educação Infantil (CEI) Bem-Querer Maria de Lourdes Vieira da Silva, no Jardim Nova Europa. A medida ocorreu após a Pasta identificar um caso suspeito da doença. Trata-se de uma criança de 2 anos que apresentou os primeiros sintomas em 24 de março, foi atendida pelo SUS Municipal e evoluiu para cura. O exame dela está em análise pelo Instituto Adolfo Lutz.

Uma equipe da Saúde esteve no CEI pela manhã e verificou a vacinação de 27 crianças de 2 a 3 anos que são da mesma turma da criança que teve a suspeita de coqueluche, sendo indicada a vacinação para somente uma.

Já os seis funcionários que atuam diretamente com as crianças foram vacinados. A medida está de acordo com uma nota técnica do Ministério da Saúde que, ao considerar o aumento de casos de coqueluche no mundo, recomenda a aplicação da vacina dTpa para profissionais que atuam em berçários e creches que atendem crianças de até 4 anos.

A Saúde manterá monitoramento sobre o CEI, mas informou que não há necessidade de ações extras no momento. O bloqueio é um padrão já adotado pela Secretaria em casos semelhantes.

O QUE É E COMO PREVENIR

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. A enfermidade está presente no mundo todo e é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada. Em crianças com até 5 meses apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.

A vacinação é a principal medida preventiva contra sintomas graves da coqueluche. No Brasil, a imunização ocorre com aplicação da pentavalente (disponível no SUS) e hexavalente (rede privada).

Em 2023, a cobertura da dose pentavalente em Campinas ficou em 95,64%, enquanto no ano passado subiu para 97,49%. A meta é 95% e a dose considerada pela Saúde como indicador no levantamento é a terceira do esquema primário para crianças.

“A coqueluche, conhecida também como ‘tosse comprida’, é uma doença que pode se manifestar de forma grave, principalmente em crianças menores de 6 meses. É muito importante que os pais e responsáveis mantenham sempre em dia a vacinação de seus filhos”, explicou a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli.

PÚBLICO-ALVO

A vacina pentavalente protege contra a coqueluche e ainda contra a difteria, o tétano, a hepatite B e o Haemophilus influenzae do tipo b, que causa meningite. 

As crianças devem receber o esquema primário com três doses da pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Em seguida há reforços com DTP, que protege contra difteria, tétano e pertussis - tríplice bacteriana

Já a dose de vacina dTpa também garante proteção contra difteria e tétano. Ela é recomendada para públicos como profissionais da saúde (uma dose), gestantes (uma dose a cada gestação, entre a 20ª e 36ª semana), trabalhadores da educação que atuam em berçários e creches com crianças de até 4 anos (uma dose), profissionais que atuam como doula (uma dose).

A vacina é segura e a aplicação em gestantes estimula a produção de anticorpos maternos contra a coqueluche que passam pela placenta e protegem diretamente a criança nos primeiros meses de vida. A proteção também ocorre indiretamente, pela diminuição do risco de infecção da mãe.

ONDE VACINAR

A Pasta destaca ainda que há vacinação seletiva para as pessoas comunicantes de casos suspeitos ou coqueluche nos 68 centros de saúde (CSs). As doses estão disponíveis em todas as unidades básicas e as salas de vacinação funcionam conforme o horário de cada uma. Não há necessidade de agendamento. 

Detalhes sobre cada CS, incluindo endereços, horário de funcionamento e contatos, também estão em: https://vacina.campinas.sp.gov.br

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