Quem tiver febre deve procurar imediatamente um centro de saúde para diagnóstico clínico; caso a pessoa apresente tontura, vômitos repetidos e suor frio. ela deve procurar uma UPA ou pronto-socorro (Carlos Bassan)
O município de Campinas confirmou na tarde de terça-feira (23) mais três mortes por dengue, totalizando 14 no ano. As vítimas morreram entre o dia 21 de março e 4 abril. Uma mulher de 50 anos, sem comorbidades, moradora da área de abrangência do CS DIC 3, faleceu no dia 21 do mês passado, três dias depois de sentir os primeiros sintomas. O exame confirmou a infecção pelo sorotipo 2. Uma semana depois, no dia 28 de março, um homem de 99 anos, com comorbidades, morador da abrangência do CS Sousas, faleceu 20 dias após o início dos primeiros sintomas. O sorotipo não foi identificado no exame nesse caso. Por fim, uma mulher de 73 anos, com comorbidades, moradora da área de abrangência do CS 31 de Março, também morreu semanas após o início dos sintomas. A doença começou a se manifestar no dia 10 de março e ela faleceu no dia 4 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1 da dengue.
Entre 1º de janeiro e 23 de abril foram confirmados 61.791 casos de dengue em Campinas, a segunda pior epidemia da história da cidade. A Prefeitura informou que, como em todas as situações de casos confirmados, as medidas preconizadas foram desencadeadas oportunamente na região. Foram realizados controle de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização.
ORIENTAÇÕES E ALERTA AOS IDOSOS
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
A médica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Elda Motta reforça a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades. "A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, é preciso beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações, além de procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos", explicou.
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