CAMPINAS

São Bernardo e Jd. Aurélia estão entre os bairros com alto risco de dengue

Onze locais foram incluídos no novo Alerta Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde

Da Redação
11/03/2025 às 12:44.
Atualizado em 11/03/2025 às 13:13
Uma das recomendações dos especialistas aos moradores é verificar se as caixas d’água estão fechadas e com as tampas bem ajustadas, algo essencial para evitar a proliferação das larvas do Aedes aegypti (Alessandro Torres)

Uma das recomendações dos especialistas aos moradores é verificar se as caixas d’água estão fechadas e com as tampas bem ajustadas, algo essencial para evitar a proliferação das larvas do Aedes aegypti (Alessandro Torres)

O bairro São Bernardo e outros 10 foram incluídos no Alerta Arboviroses da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, que indica os locais com alto risco de transmissão da dengue. O município acumula neste ano 4.738 casos positivos e um óbito em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Além do São Bernardo, o novo alerta considerou os seguintes bairros como locais com alto risco de transmissão: Núcleo Residencial Gênesis, Vila Miguel Vicente Cury, Parque Itajaí, Jardim Florence 1, Parque Via Norte, Parque Beatriz, Jardim Aurélia, Chácara Santa Letícia, Jardim Cristina e Parque São Paulo.

De acordo com a Saúde, é considerada uma série de indicadores para elaborar o material, como incidência de casos, eventual registro de nova transmissão, necessidade de reforçar trabalhos por causa de imóveis sem acesso, densidade populacional e a comunicação sobre ações dos agentes. Cinco bairros tiveram ações ampliadas desde a semana anterior: Núcleo Residencial Gênesis, Parque Via Norte, Parque Beatriz, Jardim Aurélia e Parque São Paulo.

É importante ressaltar que o alerta também se aplica aos bairros menores que estão no entorno das regiões indicadas no material. Com isso, moradores das proximidades devem permanecer atentos e adotar medidas para combater o mosquito vetor da dengue. As orientações valem ainda para toda cidade.

No ano passado, 52% dos espaços deixaram de ser trabalhados por estarem fechados, desocupados ou até mesmo em virtude de recusa dos moradores aos agentes no ano passado. Em 2022 e 2023 os percentuais foram, respectivamente, de 48% e 49%.

As visitas são feitas, principalmente, por funcionários da empresa Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa silkado, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza, e têm crachá de identificação. Já voluntários de mutirões usam colete na cor laranja com a identificação e a frase “Campinas contra o mosquito”.

Dúvidas sobre a identidade dos participantes podem ser esclarecidas pelo telefone 156 (de segunda a sexta) ou com a Defesa Civil pelo telefone 199 (fins de semana e feriados).

ASSISTÊNCIA

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Saúde pede para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

ONDE PROCURAR

As residências concentram 75% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. As doenças estão em alta durante períodos de calor e chuva, já que o mosquito se reproduz em água parada. Por isso, é preciso redobrar a atenção para espaços que acabam passando despercebidos, como brinquedos, vasos de plantas e até o trilho do box de banheiros.

É recomendado verificar até as bandejas de geladeira frostfree e do ar-condicionado. Embora não sejam locais tão visíveis quanto recipientes expostos ao ar livre, dentro da bandeja é possível acumular água e se tornar um ambiente propício para a proliferação das larvas do Aedes aegypti. A orientação é limpar regularmente essas bandejas e verificar se o sistema de drenagem está funcionando corretamente, evitando o acúmulo de água.

Os potes de água dos animais também devem ser higienizados adequadamente. É indicado lavar os objetos regularmente com água e sabão e esfregar bem as laterais para remover os ovos dos mosquitos.

Muito comum em vasos, os pratinhos também podem acumular água e gerar criadouros do mosquito, por conta disso devem ser preenchidos com areia. As caixas d'água, quando abertas, podem ser o criadouro perfeito para o Aedes. Mantêlas fechadas e verificar regularmente se a tampa está bem ajustada é essencial para evitar a proliferação das doenças.

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