AME

Região de Campinas pretende zerar 71.456 cirurgias eletivas até outubro

Mutirão em Campinas teve 120 pessoas da região agendadas para atendimento

Edimarcio A. Monteiro/ edimarcio.augusto@rac.com.br
07/08/2022 às 09:20.
Atualizado em 07/08/2022 às 09:20

Pacientes foram atendidos em vários guichês no programa Mutirão de Cirurgias no AME de Campinas (Dominique Torquato)

A Secretaria Estadual de Saúde pretende zerar em 75 dias a fila de 540 mil pacientes no Estado que tiveram o processo de cirurgia eletiva suspenso desde 2020 por causa da pandemia de covid-19, dos quais 71.456 são de 42 municípios da região de Campinas. O prazo foi anunciado no sábado (6) pelo secretário-executivo de Saúde, Eduardo Ribeiro, ao acompanhar mobilização coletiva realizada no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Campinas. A ação se repetiu em outros 41 AMEs paulistas, 22 hospitais e envolveu mil profissionais de saúde para atender 7,5 mil pacientes.

Em Campinas, 120 pessoas da região foram chamadas para participar do mutirão. De acordo com Ribeiro, esse sábado foi o primeiro dia da mobilização de grande porte, que se repetirá aos finais de semana até o final de outubro. A ação será feita em conjunto com o atendimento diário nas AMEs e hospitais. Para a região, o secretário-executivo anunciou também mutirões itinerantes nos municípios realizados pelo Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"O governo vai realizar uma mega-ação de avaliação pré-operatória para o Mutirão de Cirurgias para que todos os pacientes sejam atendidos", afirma Ribeiro. De acordo com ele, o atendimento é para analisar cada caso e encaminhar as pessoas para a continuidade do tratamento ou realização imediata da cirurgia, se for o caso.

O programa Mutirão de Cirurgias, lançado em maio, diminuiu em 15% a fila de espera por cirurgias eletivas na Regional de Saúde de Campinas. O represamento ocorreu em virtude do cancelamento das operações quando os hospitais passaram a priorizar o atendimento das vítimas de covid-19.

À espera

No AME do município, o mutirão priorizou sete especialidades, entre elas oftalmologia, cirurgia geral, urologia, ginecologia e ortopedia. Um dos pacientes atendidos foi o aposentado Vital Costa, de 83 anos, que aguarda desde 2020 para realizar a cirurgia de catarata. A demora em realizar a cirurgia fez a doença avançar e a visão piorar. "Eu perdi um pouco mais a visão", disse. Na consulta, foram solicitados exames médicos preparatórios para que Costa passe por cirurgia.

Já o caminhoneiro Sérgio Bezerra de Oliveira, morador de Sumaré que acompanhava o sogro, reclamou que teve uma cirurgia no intestino cancelada no final de 2021 e não teve mais informações sobre o caso. "O cancelamento foi por causa de um aparelho que quebrou, o fibroscópio, e dizem que não tem dinheiro para fazer a manutenção. Eu acho que deveria ter sido encaminhado para outro hospital", reclamou.

Ao ser questionada sobre o caso do caminhoneiro, a diretora do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), Fernanda Penatti Vasconcelos, procurou o paciente, garantiu a ele que a área de saúde de Sumaré iria procurá-lo e ela acompanharia pessoalmente o encaminhamento. "Não podemos perder nenhum caso", afirmou. Ela disse que essa busca ativa faz parte do mutirão e que os municípios têm que procurar todos os pacientes para que a fila de espera acabe e se volte a ter o fluxo normal de atendimento.

Vacinação

A Campanha de Multivacinação e Contra a Poliomielite terá início amanhã (8). Crianças e adolescentes de até 15 anos podem atualizar a caderneta de vacinação, e quem tem até 5 anos idade pode tomar a vacina contra a pólio. No Estado de São Paulo, onde o público-alvo é formado por 9,1 milhões de pessoas, 4.470 postos de vacinação funcionarão até 9 de setembro.

A campanha inclui a vacina BCG, contra a tuberculose, imunizantes contra as hepatites A e B, poliomielite e rotavírus, a pentavalente - contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo hemófilo b - e também doses contra caxumba, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela e HPV. Em 20 de agosto, será realizado o Dia D de Vacinação, quando postos em todos os municípios estarão abertos.

Em Campinas, as doses estarão disponíveis em 66 centros de saúde - apenas o CS Boa Esperança não aplica a vacina. Os pais precisam apresentar a carteira de vacinação e documento com foto da criança e/ou adolescente. Não há necessidade de intervalo após a vacinação contra a covid-19.

"Em todo o mundo tem sido verificada, desde o início da pandemia de covid-19, uma redução no índice de vacinação, o que ameaça trazer de volta doenças consideradas erradicadas no país, como a poliomielite. Temos doenças que podem ser prevenidas e controladas com vacinas", disse a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea von Zuben. No caso da poliomielite a meta é vacinar 95% do público-alvo de 58.813 crianças

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