NA RETAGUARDA

Região de Campinas integrará força-tarefa de combate à mokeypox no Estado

Os hospitais de Clínicas, da Unicamp, e o Estadual de Sumaré farão parte da rede

Da Redação
05/08/2022 às 09:24.
Atualizado em 05/08/2022 às 09:24
O secretário estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, durante a divulgação das ações de enfrentamento à doença ontem no auditório da Secretaria de Saúde (Divulgação: Governo do Estado de São Paulo)

O secretário estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, durante a divulgação das ações de enfrentamento à doença ontem no auditório da Secretaria de Saúde (Divulgação: Governo do Estado de São Paulo)

Com mais de 1.298 casos confirmados, o Governo do Estado de São Paulo divulgou na quinta-feira (4) o plano de enfrentamento à monkeypox , lançando a "Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox (varíola símia)", cuja coordenação será de duas pastas: da Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde. Foram selecionados 93 hospitais estaduais e maternidades para atuarem como referência e dar retaguarda a pacientes que necessitarem de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou em leitos de isolamento.

Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e o Hospital Estadual de Sumaré (HES) farão parte da rede de enfrentamento. O atendimento inicial continua sendo nas unidades básicas de saúde, nos pronto-atendimentos, sendo que o direcionamento para as unidades de referência da região acontecerão apenas nos casos mais graves, via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).

Ao todo, a RMC tem 25 casos confirmados em seis cidades. Na quinta-feira (4), a Secretaria de Saúde de Campinas confirmou mais dois de monkeypox, levando o município a atingir 18 pessoas contaminadas. São 11 casos importados e sete autóctones. Os 18 pacientes têm idade entre 23 e 50 anos. São 16 homens e duas mulheres, sendo que seis saíram do isolamento e o restante segue sem gravidade e com boa evolução. São ainda dois casos em Indaiatuba e Paulínia e um em Americana, Vinhedo e Santa Bárbara d'Oeste.

Gestantes

As grávidas terão um protocolo específico dentro do programa de combate à monkeypox. A gestante diagnosticada com a doença terá acompanhamento municipal, mas com indicação para o parto em uma unidade de saúde de alto risco. A informação divulgada pelo governo é a de que todas as maternidades deste tipo no Estado serão referência para os casos de monkeypox em gestantes. A indicação para o parto será de cesárea.

Vigilância epidemiológica

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e o Instituto Adolfo Lutz comandarão a vigilância laboratorial e genômica da monkeypox. Laboratórios privados e públicos contribuirão para que o Adolfo Lutz acompanhe o comportamento da doença com a análise do vírus em circulação no Estado. Outros laboratórios do Estado também serão credenciados pela rede de combate à doença para que possam realizar os exames de detecção do DNA do vírus. Será publicada uma resolução conjunta das duas secretarias com as normativas e os requisitos para o processamento das amostras. O Instituto Butantan também fará parte da rede.

Capacitação dos profissionais 

O CVE instalou um serviço 0800 para orientar e esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde tanto da rede pública como da privada sobre diagnóstico e manejo clínico dos infectados com o vírus da monkeypox. O serviço telefônico terá médicos plantonistas à disposição nas 24 horas do dia. 

Ainda, o governo conta com uma Sala de Situação denominada de Centro de Controle e Integração (CCI). São 24 especialistas entre epidemiologistas, infectologistas, virologistas e professores universitários de diferentes instituições que irão assessorar as ações do Estado no enfrentamento da monkeypox, além de estudar e projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença.

Também serão realizadas pela rede ações de comunicação educativa para a população de todo o Estado, com foco na prevenção e identificação de sinais e sintomas sugestivos de monkeypox.

"Este conjunto de ações desenvolvidas pelas equipes das duas Secretarias de Estado são fundamentais para o enfrentamento da doença em São Paulo. São diretrizes importantes e que auxiliam toda a rede de saúde e a população, evitando agravamentos pela doença e a ampliação da transmissão em SP", destacou o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Sobre a vacina, prevista para chegar ao Brasil em setembro, São Paulo deverá receber 11 mil das 50 mil doses esperadas. Como serão duas doses por indivíduo, apenas 5,5 mil pessoas seriam imunizadas. Ao que tudo indica, a vacinação será ofertada aos profissionais de saúde, porém o número de doses e o público-alvo não foram definidos e as tratativas ainda estão em andamento.

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