MAIS UMA ETAPA

Região de Campinas começa a receber as doses da ‘Pfizer Baby’

Campinas inicia a aplicação da vacina contra a covid nesta quinta, 24h após receber o imunizante

Do Correio Popular
17/11/2022 às 08:56.
Atualizado em 17/11/2022 às 08:57
Doses para as faixas etárias se distinguem pela cor: roxa (adulto); laranja (de 5 a 11 anos) e a vinho (a partir de 6 meses) (Kamá Ribeiro)

Doses para as faixas etárias se distinguem pela cor: roxa (adulto); laranja (de 5 a 11 anos) e a vinho (a partir de 6 meses) (Kamá Ribeiro)

As cidades da região de Campinas começaram a receber doses da vacina pediátrica contra a covid-19 da Pfizer - "Pfizer Baby", como está sendo chamada - para aplicação em crianças de seis meses até dois anos de idade com comorbidades. O Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) começou na quarta-feira (16) a distribuição aos municípios e alguns já divulgaram o início da vacinação, como Campinas, que começa nesta quinta-feira (17), um dia após as doses terem sido entregues. 

Foram pouco mais de 3 mil doses, que serão utilizadas para primeira e segunda aplicações. Na metrópole, a vacinação acontecerá em apenas oito Centros de Saúde: Centro, 31 de Março, Aurélia, São Marcos, Ipê, Nova América, Florence e Vista Alegre.

A criança precisa ser acompanhada pelos pais ou responsável, sendo necessário ainda um documento comprovando a relação. Para receber a dose, será preciso apresentar documento com foto, carteira de vacinação (se tiver) e comprovante de comorbidade. Os horários em que cada Centro de Saúde realiza a vacinação estão disponíveis no site: vacina.campinas.sp.gov.br.

"O que a gente recomenda e é nosso desejo é que a vacinação de todo o público seja feita o quanto antes. Sempre que o Ministério da Saúde libera e que o Estado recebe vacinas, fazemos o possível para que elas estejam disponíveis o quanto antes para as pessoas, mesmo que a nossa logística de distribuição e entrega fique sobrecarregada. 

Com esse número de casos aumentando, reforçamos que toda a população deve procurar receber as doses. Não temos ainda a quinta dose para todos, mas dispomos de um número significativo de pessoas que não receberam a terceira e quarta doses de reforço. Quem não completou o esquema vacinal deve procurar um serviço de saúde. Temos vacinas disponíveis e precisamos de total adesão a esse ato de proteção individual, que também é coletivo. Ao se proteger, a pessoa protege os demais, quem está a sua volta", orientou a articuladora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli.

Os pais e responsáveis de crianças nessa faixa etária, mas que não têm comorbidade e não estão inclusas na imunização neste primeiro momento, podem se inscrever em uma das oito unidades de saúde e realizar a inscrição para aproveitar as doses que, eventualmente, possam sobrar. Cada frasco da vacina conta com dez doses e, após aberto, tem duração de 12 horas. Então, caso não sejam aplicadas, devem ser descartadas. Por isso, a Secretaria de Saúde abriu a opção para que não haja desperdício de imunizante.

Chaúla disse que o Estado de São Paulo recebeu um quantitativo limitado e que uma ampliação da imunização para as crianças sem comorbidades depende do abastecimento das doses. 

Assim como em outros momentos e para outros grupos, a vacinação está atrasada para essa faixa etária. Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou há dois meses a vacina da Pfizer para as crianças. Na época da aprovação, a faixa etária que receberia o imunizante era maior, abrangendo aquelas com idade entre seis meses a quatro anos. 

Entretanto, o Ministério da Saúde indicou, no mês passado, que estava autorizando o uso das vacinas apenas em crianças dessa faixa etária com comorbidades. Por fim, uma nota técnica divulgada em 31 de outubro limitou a vacina da Pfizer para as crianças de seis meses e menores de três anos. Um dos motivos alegados foi o de que, no caso de crianças de 3 e 4 anos, há a recomendação da vacina CoronaVac. A nota ressalta não haver recomendação de intercambialidade de vacinas no momento, ou seja, a série primária deverá ser realizada com o mesmo imunizante. O esquema primário de vacinação para essa faixa etária contém três doses. Entre a primeira e segunda, deverá ser respeitado o intervalo de quatro semanas. Para a terceira, o tempo é maior: oito semanas. 

Demais cidades

A Secretaria de Saúde de Paulínia informou ter recebido as doses e iniciará a vacinação desse público no dia 22 de novembro, nas unidades Básicas de Saúde (UBSs) Morumbi e São José.

Em Sumaré, a vacina será oferecida a partir de sexta-feira, nas Unidades Básicas de Saúde Bordon, Bandeirantes, Vasconcelos, Maria Antônia, Matão, Soma e Centro Integrado de Saúde (CiS) de Nova Veneza, das 9h às 15h.

Em Nova Odessa, a vacinação se dará por meio de agendamento, visando a evitar o desperdício de doses, uma vez que o quantitativo disponibilizado ainda não é volumoso. Para marcar um dia, é necessário entrar em contato com uma das UBSs. A Pasta de Saúde busca crianças com comorbidades atendidas pelo SUS e que estão nessa faixa etária.

"Para aquelas que não usam o SUS, porque possuem algum tipo de convênio médico, solicitamos a esses pais que entrem em contato com a UBS do seu bairro até esta sexta-feira, para inclusão na agenda da vacinação", pediu a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Paula Mestriner.

Jaguariúna informou ter recebido 180 doses, mas a Secretaria de Saúde ainda avalia quando iniciará a vacinação e em quais unidades. 

A Prefeitura de Indaiatuba recebeu 720 doses para aplicação em 360 crianças com idade entre seis meses e menores de três anos. Até o final da tarde de ontem, não havia definição do início da vacinação, porém, a expectativa era a de que até o final de semana o imunizante fosse distribuído às unidades de saúde e às equipes orientadas sobre a diferença da Pfizer Baby, que tem a tampa cor de vinho para identificação.

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