ALEITAMENTO MATERNO

Rede de Campinas oferece salas de amamentação e capacitação profissional

Os Centros de Saúde (CSs) fortalecem o suporte às famílias

Do Correio.com
23/06/2025 às 14:08.
Atualizado em 23/06/2025 às 14:20

(Carlos Bassan)

 O leite materno contém tudo o que o bebê precisa nos primeiros seis meses de vida. Anticorpos, nutrientes em proporções ideais e até água. Não há necessidade de complementos. Essa completude nutricional, aliada aos desafios das mães trabalhadoras, mobiliza a rede municipal a criar estruturas de apoio integral ao aleitamento.

"O leite materno é um alimento vivo, que se adapta às necessidades da criança a cada mamada", explica Luciana Martinuzzo, nutricionista da Alimentação Escolar da Centrais de Abastecimento (Ceasa) Campinas. "Nossa função é garantir que essa alimentação continue sendo oferecida mesmo quando a mãe precisa trabalhar."

Proteção que se estende pela vida

Os benefícios do aleitamento vão além da nutrição imediata. Crianças amamentadas têm menor incidência de infecções respiratórias, diarreias e otites. Na vida adulta, apresentam menores taxas de diabetes, obesidade e hipertensão. Para as mães, a amamentação reduz riscos de câncer de mama e útero.

O desenvolvimento facial também se beneficia. Cada sucção fortalece músculos que influenciam respiração, fala, mastigação e alinhamento dentário. "É um exercício completo que prepara a criança para funções essenciais", observa Luciana.

Estrutura pensada para as mães

As creches municipais de Campinas contam com poltronas de amamentação para que as mães alimentem seus bebês, ou entreguem o leite materno para ser oferecido durante o período escolar.

As cozinheiras recebem capacitação específica para manejo do leite materno. Aprendem protocolos de recebimento, armazenamento e aquecimento que preservam propriedades nutritivas e de proteção.

Rede integrada de apoio

Os Centros de Saúde (CSs) fortalecem o suporte às famílias. Profissionais orientam sobre extração, transporte e conservação do leite materno, encorajando a continuidade da amamentação após o retorno ao trabalho.

Famílias que não conseguem manter o aleitamento - por questões médicas ou pessoais - têm acesso a fórmulas infantis nas unidades escolares, sempre com acompanhamento nutricional adequado.

Investimento de longo prazo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aleitamento exclusivo até seis meses e continuidade até dois anos ou mais. No ambiente escolar municipal, essa recomendação ganha contornos práticos por meio da estrutura oferecida pela rede.

"Sabemos que muitas mães querem continuar amamentando, mas encontram obstáculos práticos", observa Luciana. "A infraestrutura existe para remover essas barreiras."

A rede municipal de Campinas atende centenas de crianças na educação infantil. Garantir que o acesso ao leite materno por meio de políticas públicas voltadas à saúde das crianças é investir no futuro da cidade.

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