BALANÇO ATUALIZADO

Monkeypox avança na região de Campinas e soma 38 casos

Somente em Campinas, 27 pessoas foram contaminadas

Ronnie Romanini/ [email protected]
11/08/2022 às 09:28.
Atualizado em 11/08/2022 às 14:09
Avanço dos casos de monkeypox leva o Ministério da Saúde a criar um plano de contingência nacional (Divulgação)

Avanço dos casos de monkeypox leva o Ministério da Saúde a criar um plano de contingência nacional (Divulgação)

A Secretaria Estadual de Saúde contabiliza 38 casos de monkeypox na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Nos últimos dias, o Estado acrescentou mais sete na cidade de Campinas, totalizando 27. De acordo com os números estaduais, Campinas é a sexta cidade com mais casos em São Paulo, atrás apenas da capital (1.372), Santo André (34), Guarulhos (27), São Bernardo do Campo (26) e Osasco (25), todas cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Além dos novos registros em Campinas, o estado confirmou mais um em Jaguariúna, que agora tem dois casos de monkeypox.

A Prefeitura de Valinhos também confirmou na terça-feira (8) o primeiro caso na cidade. Trata-se de um homem de 24 anos que não possui comorbidades e está bem. Os contactantes estão sendo monitorados, mas nenhum apresentou qualquer tipo de sintoma até ontem. A cidade ainda possui outros quatro casos suspeitos. Todos estão sendo monitorados enquanto aguardam os resultados dos exames.

A Secretaria de Saúde de Valinhos ainda fez um alerta importante. Embora alguns nomes relacionados à doença façam menção ao macaco, a transmissão no momento está acontecendo de humano para humano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estuda uma mudança no nome para não haver mais estigmatização e evitar ataques contra os animais. 

Já a Secretaria de Saúde de Campinas ainda não confirmou os novos casos divulgados pelo estado. Um novo boletim será divulgado hoje com a atualização das ocorrências. No último boletim, divulgado na segunda-feira, eram 20 casos confirmados pelo município, 18 em homens e dois em mulheres, sendo uma gestante. Seis pessoas haviam saído do isolamento enquanto os demais continuavam acompanhados, com boa evolução e sem gravidade nos casos. A maior parte, 12, é de casos importados.

A Prefeitura informou que o atendimento aos pacientes com suspeita da doença está disponível nos centros de saúde, prontos-socorros, pronto atendimentos e no Centro de Referência em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais.

Plano de Contingência

Diante do avanço dos casos, o Ministério da Saúde lançou o "Plano de Contingência Nacional para Monkeypox", elaborado pelo Centro de Operações de Emergência (COE). Nele, a monkeypox está classificada como nível de emergência III em uma escala que vai de I a III. Este nível é estabelecido quando há transmissão comunitária de casos, quando os insumos para tratamento e prevenção não estão disponíveis e o impacto sobre o sistema de saúde exige ampla resposta governamental. O Plano de Contingência ainda afirma que os grupos vulneráveis para a doença são o de pessoas imunossuprimidas, crianças e gestantes. 

Perguntas e respostas

O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) elaborou um material com 50 perguntas e respostas sobre a doença. As respostas são referentes aos seguintes temas: vírus, transmissão, diagnóstico, sintomas, pacientes, tratamento e como evitar a contaminação.

Uma das explicações é a origem do nome "monkeypox". A primeira vez que o vírus foi identificado foi em 1958, em macacos que eram mantidos em um laboratório dinamarquês. A escolha do nome deriva da descoberta, mas atualmente o vírus é mais comumente encontrado e transmitido por roedores.

As 50 perguntas foram respondidas e revisadas por quatro especialistas ligados ao Instituto: A médica imunologista Ester Sabino, o virologista Anderson Brito, o médico imunologista Jorge Kalil e o epidemiologista Vanderson Sampaio. Todas as perguntas e respostas elaboradas pela equipe do ITpS estão disponíveis no site.

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