Atualmente em obras, prédio do Mário Gatti foi inaugurado em 14 de julho de 1974 com dois andares e 70 leitos; em 2004, foi reconhecido como hospital de ensino (Kamá Ribeiro)
A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar lançou na quinta-feira (24) o projeto Centro de Memórias do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. O objetivo é formar um acervo histórico que será disponibilizado aos pacientes, usuários e comunidade em 14 de julho de 2024, quando o hospital completará 50 anos de existência.
Com o lançamento, tem início o levantamento histórico, que contará com a participação dos funcionários para formar um acervo com fotos, vídeos, artes, história, relatos, monumentos, cartas, diários, jornais. Os materiais devem ser enviados para o email: [email protected] ou entregues na sala da Humanização, no térreo do prédio administrativo.
Segundo a coordenadora de Humanização, Lucimeire Martini, o Centro de Memórias pretende valorizar o papel social, educacional e cultural que o hospital tem na cidade, além de registrar sua constituição histórica.
"O Centro de Memórias tem o objetivo, também, de fortalecer laços de humanização, afeto e respeito da população com o hospital e os vínculos constituídos ao lado da historia de Campinas", disse.
O prédio do Mário Gatti, inaugurado em 14 de julho de 1974 com dois andares e 70 leitos e denominado Hospital Municipal, foi o ponto alto das comemorações do bicentenário de Campinas. O evento teve a presença do então presidente Ernesto Geisel e missa celebrada pelo cardeal campineiro Dom Agnelo Rossi, na época prefeito do Vaticano.
O hospital, no entanto, só foi criado por lei em 21 de outubro de 1974 e nomeado Hospital Municipal Dr. Mário Gatti pelo decreto 4821, de 9 de fevereiro de 1976, em uma homenagem ao médico ítalo-brasileiro que exerceu a profissão na primeira metade do século 20.
Em 2004, o Mário Gatti ganhou o status de hospital de ensino pelos ministérios da Saúde e da Educação, oferecendo, desde então, qualificação e especialização em 10 especialidades médicas.
Um dos personagens do hospital que ganhou capítulo recente na história do Mário Gatti foi o médico Sérgio Luis da Costa Dias. Ele se dedicou durante 36 anos de sua vida ao sistema público da cidade, e foi através dele que o processo de humanização do atendimento se iniciou, em 1986.
Formado em Medicina pela PUC-Campinas em 1986, Sérgio Dias exerceu várias funções no hospital ao longo das quase quatro décadas. Foi diretor clínico por três vezes, chefe do pronto-socorro, chefe do eixo clínico, presidente da Comissão de Residência Médica (Coreme) e, até se aposentar, em fevereiro deste ano, foi médico do pronto-socorro e vice-diretor clínico do hospital.
O presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, entregou uma placa em homenagem ao médico em nome da diretoria da Rede, com os cumprimentos, carinho e reconhecimento do imenso legado concedido ao serviço público de saúde de Campinas em todos os anos de dedicação ao outro.