Na RMC, foram registradas, ainda este ano, sete mortes por dengue em Americana e quatro em Campinas (Gustavo Tilio)
O Instituto Adolfo Lutz confirmou a dengue como causa da morte de uma garota de 9 anos de Hortolândia. A informação foi comunicada na terça-feira (21) pela Secretaria Municipal de Saúde. Este foi o primeiro óbito por dengue na cidade este ano. A vítima recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Hortolândia, no dia 25 de maio. Ela foi encaminhada ao Hospital Estadual de Sumaré (HES), mas faleceu no mesmo dia.
Na ocasião, a Prefeitura de Hortolândia explicou que a causa da morte ainda precisava ser esclarecida. Os exames haviam sido coletados no HES para a análise do Adolfo Lutz. Agora, o resultado positivo comprovou que a dengue foi o motivo do falecimento da criança.
Embora esta tenha sido a primeira vítima da doença em Hortolândia em 2022, outras 11 mortes aconteceram na Região Metropolitana de Campinas (RMC) - sete em Americana, sendo a última confirmada no início do mês, e quatro em Campinas. Na metrópole, três mortes foram confirmadas na quarta-feira passada (15) pela Prefeitura. Os quatro óbitos no município ocorreram ainda em abril, com os exames confirmando a causa posteriormente. O ano de 2022 é o quarto com mais vítimas da dengue em Campinas desde 2007.
De acordo com informações da Vigilância Epidemiológica e da Secretaria de Saúde de Hortolândia, este ano a cidade confirmou 664 casos positivos dentre as 2.085 notificações registradas.
Ações de enfrentamento
Na segunda-feira, um dia antes da confirmação da causa da morte, a Prefeitura de Hortolândia divulgou que iniciou ação de combate casa a casa ao mosquito Aedes aegypti em condomínios. Durante a atividade, os agentes visitam as residências para encontrar criadouros do mosquito vetor da doença e eliminá-los. As larvas que, eventualmente, forem encontradas são coletadas para identificação em laboratório.
A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Hortolândia alertou que 80% dos criadouros do inseto estão dentro das residências. Por isso, mesmo com a entrada do inverno, o veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso, deu algumas dicas para que os moradores contribuam com as ações de combate à dengue.
Uma das principais é a de, simplesmente, permitir a entrada de agentes para a verificação de possíveis criadouros em casa. Os agentes são identificados com crachá e uniforme. A UVZ pontuou que os trabalhadores não solicitam qualquer informação pessoal dos moradores.
Se houver dúvida, temor ou se a população quiser saber em que regiões serão realizadas as ações de combate, os moradores podem contatar a UVZ, pelos telefones: (19) 3897-3312 ou (19) 3897-5974.
"Caso o morador mantenha a piscina com água, a mesma deve estar limpa e tratada e coberta. Isso é importante mesmo que ela esteja sem água, a fim de evitar o acúmulo da água de chuva", acrescentou Cardoso. O especialista reforçou que a fêmea do Aedes aegypti deposita em água parada os ovos que darão origem a mais mosquitos.
Em imóveis com animais de estimação, é necessário ter cuidado com o bebedouro e trocar a água do recipiente diariamente. Os quintais, jardins e áreas externas precisam estar limpos, sem materiais que possam acumular água parada, como garrafas, baldes e outros recipientes.
Outras medidas importantes são a de colocar telas em ralos e mantê-los limpos e encher os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda, evitando-se o acúmulo de água parada.
Os sintomas da dengue são dores no corpo, cabeça e atrás dos olhos, a aparição de pontos vermelhos no corpo, febre, náusea e vômito. Em caso de manifestação desses sintomas, a orientação é a de procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação médica.
